Devo reconhecer que não tenho propriedade para discursar sobre o tema. Mas resolvi abordá-lo aqui por, atualmente, conhecer pelo menos cinco pessoas que são sobrecarregadas pela mãe. O conselho mais indicado a se dar nessas horas quando se tem mais de 20 anos e um emprego fixo é CAI FORA, MENINA! VAI LEVAR SUA VIDA LONGE DA SUA MÃE! (9 entre 10 meninas da CF falariam isso*). Mas não é tão fácil como parece, afinal você é a mãe da sua mãe e não pode abandoná-la assim, vai que ela se queima no fogão?
Costumo dizer que é preciso brincar no recreio com afinco. Nada de ficar de soslaio, fingindo que você não é criança. Pois se não fizer, tardiamente vai querer subir num escorregador de parque, sob pena de ficar entalada. Temos que ser irresponsáveis na idade adequada, para que aos 50 anos não sejamos assaltadas pela vontade de violar alguma norma infantil, como esconder a caneta rosa da colega de turma. Isso geralmente rende um desconforto na filha da senhora de 50 anos, já que ela passa a fazer o papel de “colega de turma com a caneta rosa”.
Tudo bem, cada um tem todo direito de ser o que quiser.
Sejamos democráticas e vamos pensar: Nossas mães têm necessidade de orgasmo tanto quanto nós. Não são santas. Não estão mortas. Mas e quando O DESEJO SEXUAL dela suplanta a sua condição de mãe? Você chega a casa e nada de comidinha esperando. Daí você pensa “Tudo bem, ela não é minha empregada. Não há mais isso de mãe-amélia”. Você vai humildemente preparar seu jantar e SUA MÃE pergunta o que você vai fazer, já que ELA está faminta. Você sorri e prepara uma comidinha para as duas.
Certo, ela quer usar roupas curtas e competir com o tamanho da sua mini-saia.
Vamos usar o bom senso, usar roupa curta aos 50 anos não é lá nada apresentável. Você procura dar dicas discretas de moda. Mas ela insiste em usá-las, afinal ELA É A MÃE e você É A FILHA. “Ponha-se no seu lugar”, diz ela num tom autoritário. Aí você pensa “Puxa, finalmente ela lembrou que eu não sou a mãe dela!”. Note o assalto da conveniência... São nessas horas que você tem vontade de relatar todas as vezes que fez papel de mãe, preparando seu jantar, pagando suas contas e condenando suas roupas.
Ok, ela paquera seus amigos.
Você também paqueraria fulaninho se estivesse solteira aos 50 anos, não? Afinal ele é muito atraente... Vamos ser maleáveis! Mas fazer isso de forma descarada não é lá tão elegante, ainda mais quando seus amigos chamam sua mãe de “coroa-danada”. Tudo bem, você é a filha, seja mais despojada, desencanada, deixa isso pra lá!
Coitada, teve um passado tão ruim e agora eu que devo segurar as pontas.
Geralmente você pensa isso enquanto a luz da casa é cortada porque sua mãe esqueceu de pagar. Lá vai você fazer uma solicitação para que religuem a luz. Na fila quilométrica você visualiza sua mãe na frente do computador, marcando encontros com rapazes da sua idade. Você respira fundo, afinal todos têm direito de dar para quem quiser, com a idade que bem entender. Você tem medo de estar mais velha que sua mãe pela cabeça, pois já se sente uma megera de marca maior com menos de 30 anos!
Costumo dizer que é preciso brincar no recreio com afinco. Nada de ficar de soslaio, fingindo que você não é criança. Pois se não fizer, tardiamente vai querer subir num escorregador de parque, sob pena de ficar entalada. Temos que ser irresponsáveis na idade adequada, para que aos 50 anos não sejamos assaltadas pela vontade de violar alguma norma infantil, como esconder a caneta rosa da colega de turma. Isso geralmente rende um desconforto na filha da senhora de 50 anos, já que ela passa a fazer o papel de “colega de turma com a caneta rosa”.
Tudo bem, cada um tem todo direito de ser o que quiser.
Sejamos democráticas e vamos pensar: Nossas mães têm necessidade de orgasmo tanto quanto nós. Não são santas. Não estão mortas. Mas e quando O DESEJO SEXUAL dela suplanta a sua condição de mãe? Você chega a casa e nada de comidinha esperando. Daí você pensa “Tudo bem, ela não é minha empregada. Não há mais isso de mãe-amélia”. Você vai humildemente preparar seu jantar e SUA MÃE pergunta o que você vai fazer, já que ELA está faminta. Você sorri e prepara uma comidinha para as duas.
Certo, ela quer usar roupas curtas e competir com o tamanho da sua mini-saia.
Vamos usar o bom senso, usar roupa curta aos 50 anos não é lá nada apresentável. Você procura dar dicas discretas de moda. Mas ela insiste em usá-las, afinal ELA É A MÃE e você É A FILHA. “Ponha-se no seu lugar”, diz ela num tom autoritário. Aí você pensa “Puxa, finalmente ela lembrou que eu não sou a mãe dela!”. Note o assalto da conveniência... São nessas horas que você tem vontade de relatar todas as vezes que fez papel de mãe, preparando seu jantar, pagando suas contas e condenando suas roupas.
Ok, ela paquera seus amigos.
Você também paqueraria fulaninho se estivesse solteira aos 50 anos, não? Afinal ele é muito atraente... Vamos ser maleáveis! Mas fazer isso de forma descarada não é lá tão elegante, ainda mais quando seus amigos chamam sua mãe de “coroa-danada”. Tudo bem, você é a filha, seja mais despojada, desencanada, deixa isso pra lá!
Coitada, teve um passado tão ruim e agora eu que devo segurar as pontas.
Geralmente você pensa isso enquanto a luz da casa é cortada porque sua mãe esqueceu de pagar. Lá vai você fazer uma solicitação para que religuem a luz. Na fila quilométrica você visualiza sua mãe na frente do computador, marcando encontros com rapazes da sua idade. Você respira fundo, afinal todos têm direito de dar para quem quiser, com a idade que bem entender. Você tem medo de estar mais velha que sua mãe pela cabeça, pois já se sente uma megera de marca maior com menos de 30 anos!
Quando o atendente da Companhia de Energia Elétrica informa a taxa que você deve pagar, você pronuncia um: Eu quero a minha mãe! E lembra, ruborizada, que é uma senhora aos 25 anos de idade... E não tem essa de "mamãe esperando com a comidinha pronta" ou "conselho sensato de mãe".
Temo que esta filha, com a mãe ausente, tendo que ser RESPONSÁVEL no momento que deveria VIOLAR TODAS AS REGRAS e chutar o pau da barraca torne-se mais uma mãe que vira filha. E o ciclo nunca se desfaça!
No final das contas, eu que estou inserida entre as 9 meninas que diriam “Sai de casa, menina!”, ressaltaria que o melhor é deixar sua mãe sozinha para APRENDER a trilhar a vida adolescente que escolheu ter tardiamente. Não dizem que Deus protege os bêbados e as crianças?
* Dessa vez minha estatística é verídica.
Temo que esta filha, com a mãe ausente, tendo que ser RESPONSÁVEL no momento que deveria VIOLAR TODAS AS REGRAS e chutar o pau da barraca torne-se mais uma mãe que vira filha. E o ciclo nunca se desfaça!
No final das contas, eu que estou inserida entre as 9 meninas que diriam “Sai de casa, menina!”, ressaltaria que o melhor é deixar sua mãe sozinha para APRENDER a trilhar a vida adolescente que escolheu ter tardiamente. Não dizem que Deus protege os bêbados e as crianças?
* Dessa vez minha estatística é verídica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário