Sabe qual é o problema? Ninguém nunca ensinou como um relacionamento funciona. Ele tem fases.
No início, ahhh... o início!
Um se esforça para agradar o outro, para mostrar o melhor lado de si e para corrigir qualquer eventual “erro”. Não adianta como o relacionamento começa – pode ser com aquele amigo de infância ou com o affair da última balada – a reação é a mesma: tentar impressionar.
Para agonia das mulheres, os relacionamentos geralmente começam sem a famosa verbalização. Então o início se torna uma “fase de dois gumes” (rá, got it?), de um lado o frio na barriga, as palpitações; de outro, o medo do incerto, o desespero por uma definição. A agonia dura até se ter absoluta certeza que sim, é um namoro.
O que leva à próxima fase: O mar de rosas.
Nos primeiros meses é tudo lindo. As demonstrações de afeto são incontáveis, não existem queixas, qualquer comportamento indesejado é relevado e os dois parecem coelhos.
O único mal é que essa fase acaba.
Então vem a fase de reclamações sutis.
Os defeitos já incomodam demais para serem deixados de lado. Então é a hora que as mulheres tentam reverter a situação, consertar o problema. Mas o que a maioria não sabe é que certas coisas não tem solução.
Não adianta dizer que tem ciúme de fulaninha e pedir para o sujeito evitá-la, assim como não dá para pedir que ele largue o futebol/sinuca/poker/RPG com os amigos para ficar com você. Mesmo que isso seja pedido com todo aquele charme encoberto de chantagem emocional.
Não é possível mudar algumas coisas por uma razão: essa condição imposta gera mágoa, e, hora ou outra, ele começa a pensar se tal limitação vale a pena. E, dependendo da conclusão que ele chegar, minha amica, das duas uma: ou ele faz escondido ou ele termina o namoro (esse último apenas para Machos com M maiúsculo, a maioria tenta dar um “jeitinho”).
Então temos a etapa de conflitos.
Em meio a tantas reclamações e tentativas frustradas de superar os pequenos problemas, os defeitos do outro antes relevados, agora são expostos. O namoro desce o nível, vira disputa, ambos tentam mostrar superioridade.
Para alguns, o relacionamento acaba por aqui. Mas para a maioria... tudo merece uma segunda chance.
E viva o recomeço.
Geralmente acontece depois do casal ter dado um tempo, mas também é comum que ocorra depois de uma “conversa madura”.
O recomeço é a fase em que os dois lutam bravamente para recuperar o mar de rosas. Funciona por um mês ou dois, mas a verdade é que cada um já conhece o outro tão bem que acha que não são mais necessárias certas “frescuras”, como por exemplo: ligar só para dizer oi, levar chocolates, perguntar como foi o dia, sms surpresa etc. E é aí que a casa cai. Volta-se à fase de conflitos. Ou muito pior, tudo se torna aceitável, os mimos passam a se tornar mesmo dispensáveis, o interesse pela vida do outro reduz, e a companhia torna-se suficiente. Esclarecendo: o sentimento de posse fala mais alto. Você sabe que tem algo e não quer perder, você já não enxerga mais a mágica de antes, mas se prende ao que já teve um dia, além do mais, vê-lo com outra seria o fim, afinal, ele é SEU.
Isso pode durar semanas... ou anos! Depende apenas de tomar iniciativa, mas é tudo tão cômodo.
O fim.
Uma hora acaba, seja por decisão dele ou sua, mas a situação se torna insustentável, rola desrespeito, indiferença, traição. A relação já tinha acabado há muito tempo, mas é difícil enxergar o fim. Então é tempo de superar... mas isso já foi assunto de outro post!
Por isso que eu acho que ninguém deveria namorar mais que 3 meses, é questão de precaução, não de vadiagem. Juuuuro!
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Antes que digam que sou uma mal amada, aviso logo: já tive um relacionamento longo e feliz, muito obrigada. Se quiser o segredo: dramaqueen@corporativismofeminino.com
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