Como sou a única corporativete que é mãe, é justo que eu faça um post sobre ser mãe em homenagem ao seu dia. Mesmo achando que não tenho respaldo para isso, afinal fui assaltada por bochechas imensas numa imagem granulada há 10 anos atrás e não planejei, com os olhos marejados e voz cortante, dizendo: Ó, chegou a hora de ser mãe! E mesmo que 10 ANOS possam soar como um bom tempo, parece que foi ontem que eu joguei uma bolsa de couro no lixo porque vomitava toda vez que sentia seu cheiro.
Quando me torneibruxa mãe, tive medo de parar de fazer sexo ou de ao segurar uma vassoura, inocentemente, para varrer, acabar pilotando e voando pela janela. Sim, porque toda mãe tem que ser bruxa exigente, frígida e um pé no saco. Se não for assim, ela é outro membro da família, talvez avó, tia ou irmã.
Como boa mãe, encho meu filho de obrigações e perguntas. Sou incansável. Nunca pensei que faria esse papel sujo, mas cá estou... Sendo pior que a minha própria mãe. Obrigando uma pobre criatura de 9 anos a escovar os dentes após toda refeição e a comer feijão, arroz, ovo e carne tudo de uma vez na hora do almoço. E mesmo que esteja passando o melhor desenho de todos os tempos, eu desligo a televisão, alegando que ele precisa dormir. Ouço o argumento: - Mas eu estudo à tarde! e respondo: - Exatamente, se você dorme tarde, acordará na hora do almoço e perderá uma manhã inteira de televisão, videogame e brincadeiras!
Às vezes ele diz que me odeia, mas eu o compreendo totalmente. Estou fazendo o meu serviço maternal e não tem como ser diferente.
Só amei minha mãe de verdade quando pari. Antes disso, eu até gostava muito dela, mas tinha minhas dúvidas. Como boa filha, blasfemei até quando pude. Hoje amo tanto a minha mãe que rejeito qualquer convite se ela precisar apenas ir ao supermercado comigo. Sinto-me inteiramente honrada. Juro. Não é rasgação de seda.
Aprendi, destrambelhadamente, que ser mãe não é acariciar uma pobre criatura que não sabe o que fazer com suas perninhas. MAS indicar caminhos, estabelecer regras, ser cúmplice de segredos e nunca conivente com erros REPETIDOS.
E, embora, o título de mãe venha para algumas que apenas deixaram de usar um método anticoncepcional, a sociedade criou uma atmosfera santificada em torno desse título.
Outro dia, vendo as fofocas e comentários sobre a conduta de mãe da cantora baiana Cláudia Leite, me deparei com comentários do tipo “Ela é uma péssima mãe, já está fazendo shows”. Sim, obrigam-nos a uma vida de privações e apontam quando nos distraímos do papel de mãe para ser mulher ou profissional. Já os homens... Esses podem. Aliás, eles podem até fingir que não fizeram filho nenhum – Longe de mim entrar nesse mérito mais uma vez.
O que tenho para dizer na véspera do dia das mães é: Parabéns para todas nós, que desempenhamos o papel de MEGERA com o desejo de que nossos filhos sejam cidadãos honestos, disciplinados e preparados.
Quando me tornei
Como boa mãe, encho meu filho de obrigações e perguntas. Sou incansável. Nunca pensei que faria esse papel sujo, mas cá estou... Sendo pior que a minha própria mãe. Obrigando uma pobre criatura de 9 anos a escovar os dentes após toda refeição e a comer feijão, arroz, ovo e carne tudo de uma vez na hora do almoço. E mesmo que esteja passando o melhor desenho de todos os tempos, eu desligo a televisão, alegando que ele precisa dormir. Ouço o argumento: - Mas eu estudo à tarde! e respondo: - Exatamente, se você dorme tarde, acordará na hora do almoço e perderá uma manhã inteira de televisão, videogame e brincadeiras!
Às vezes ele diz que me odeia, mas eu o compreendo totalmente. Estou fazendo o meu serviço maternal e não tem como ser diferente.
Só amei minha mãe de verdade quando pari. Antes disso, eu até gostava muito dela, mas tinha minhas dúvidas. Como boa filha, blasfemei até quando pude. Hoje amo tanto a minha mãe que rejeito qualquer convite se ela precisar apenas ir ao supermercado comigo. Sinto-me inteiramente honrada. Juro. Não é rasgação de seda.
Aprendi, destrambelhadamente, que ser mãe não é acariciar uma pobre criatura que não sabe o que fazer com suas perninhas. MAS indicar caminhos, estabelecer regras, ser cúmplice de segredos e nunca conivente com erros REPETIDOS.
E, embora, o título de mãe venha para algumas que apenas deixaram de usar um método anticoncepcional, a sociedade criou uma atmosfera santificada em torno desse título.
Outro dia, vendo as fofocas e comentários sobre a conduta de mãe da cantora baiana Cláudia Leite, me deparei com comentários do tipo “Ela é uma péssima mãe, já está fazendo shows”. Sim, obrigam-nos a uma vida de privações e apontam quando nos distraímos do papel de mãe para ser mulher ou profissional. Já os homens... Esses podem. Aliás, eles podem até fingir que não fizeram filho nenhum – Longe de mim entrar nesse mérito mais uma vez.
O que tenho para dizer na véspera do dia das mães é: Parabéns para todas nós, que desempenhamos o papel de MEGERA com o desejo de que nossos filhos sejam cidadãos honestos, disciplinados e preparados.
E sua mãe é uma megera também???
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