quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Antes mal-acompanhada que solteira






Não, não escrevi errado. 7 entre 10 mulheres* preferem estar na companhia de alguém (mesmo que este alguém não preencha os requisitos básicos de NAMORADO) a estar solteira. Eu já estive entre essas 7 por incontáveis vezes.

Tenho uma amiga de cachos dourados, olhos sexies e azuis, acredite, a descrição dela é uma "coisa de louco", o lado sapatão de qualquer uma de nós poderia aflorar a qualquer momento ao vê-la. Como se não bastasse o físico, ela preenche os requisitos de sucesso, tem dinheiro e um bom emprego, além de ir longe nos estudos.

Outro dia conversávamos sobre MACHO. E ela soltou a seguinte frase "Estou com fulano há 3 anos, mas eu não quero casar com ele. Será que sou muito exigente?". Logo, perguntei o motivo de ela permanecer com ele JÁ QUE não via futuro. Então, ela o defendeu com unhas e dentes, dizendo "Ele é ótimo, sabe? Não me sacaneia, me trata bem, não me trai... Mas ele é tão relapso, tão acomodado! Na verdade, tão sem futuro!". O que eu respondi foi... Você tem TODO DIREITO DE SER EXIGENTE. Você vai mesmo ficar comprometida mais alguns anos com este sujeito e estará offline para o "homem que você quer casar"?

Há dias atrás, li o “Antes mal-acompanhada que solteira”. É um livro divertido (por mais que o tema seja de COMPLETO FRACASSO AFETIVO), conta a história (estória) de uma moça, de estima baixa e acima do peso, que vai remoendo um namoro fracassado. O namorado, seguro e atlético, está ali por ser cômodo, por não precisar se esforçar muito. Ela está lá por amá-lo incondicionalmente. Não, ela não acordou num domingo e pensou “Essa não é a vida que eu quero”. Pelo contrário, ela precisou ouvir com todas as letras – Mesmo que ele tenha dito de várias formas, em gestos e atitudes, QUE NUNCA QUIS FICAR REALMENTE COM ELA.

À medida que vamos envelhecendo, a exigência cresce para um grau absurdo. Não toleramos mais brincadeirinhas, descompromissos (ao menos EU não). A vida parece absurdamente curta e se você estiver solteira aos 30 anos saberá o que estou dizendo. Não, você não aceita MAIS UM macho babando no seu travesseiro, não aceita sexo mal feito, nem desculpa esfarrapada. Ah, quando eu tinha 18 anos, era tão mais fácil, nada de PEDIR NADA. Era “Deixa a vida me levar”. Era um “Ah, me deixa em paz”. Nada de saltos monumentais ou bebidas no fim do dia para acalmar as têmporas. Você trajava um belo all star confortável. Às vezes me pego pensando que se voltar a usá-los, poderei ser aquela jovem despreocupada de outrora... Assim como mágica. Sairei na rua com as amigas, nos acotovelando ao ver um carinha interessante. Mas, ó, céus, sou capaz de ser presa por usar um all star!

E é por isso que sinto inveja SOLENE de quem se mantém solteira por não topar desgaste emocional. O que sabemos é que UM RELACIONAMENTO SÓ VALE A PENA se nos trouxer felicidade. O MACHO tem que vir para somar, não para desestruturar. Todas essas frases você fala para sua amiga quando ela está aflita e enfiada num relacionamento NEURÓTICO. São frases lindas e maravilhosas que, na prática, se aplicam a pouquíssimas mulheres. Não conseguimos nos desvencilhar, mesmo sabendo que na esquina há dois ou três homens que a comeria melhor, que a deixaria duas vezes mais segura, MAS você se pega querendo o mesmo, o antigo, o seguro (?). E aí você pronuncia a frase DO FRACASSO: ...Mas ele é ótimo...


* mentira, não tenho essa estatística, mas pensei que "usá-la" daria mais credibilidade ao que eu ia dizer... Enfim...








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Postado por
Sarita


às
21:20












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