"Chamam-me de Agrado porque, a vida inteira, só pretendi tornar a vida dos outros mais agradável. Além de ser agradável, sou muito autêntica... Olhos amendoados: 80 mil; Nariz: 200 mil; Peitos: dois, porque não sou nenhum monstro: 70 mil cada um, mas eles já estão superamortizados; Silicone: em lábios, testa, maçãs do rosto, quadris e bunda; Redução de mandíbula: 75 mil; Depilação definitiva a laser. As mulheres também vêm dos macacos: 60 mil por sessão. Depende da cabeluda que se é. O normal é entre duas e quatro sessões. Mas, se é uma diva do flamenco, precisará de mais, é claro.Bem, como eu estava contando, sai muito caro ser autêntica. E, nestas coisas, não se deve ser avarenta. Porque nós ficamos mais autênticas quanto mais nos parecemos com o que sonhamos que somos."
- Agrado, travesti, personagem de Tudo Sobre Minha Mãe -
Ser autêntica hoje, significa ser polêmica. Custa caro sermos nós mesmas, não caro como diz a Agrado do filme, mas no sentido de parecermos arrogantes ou alguma outra coisa ruim perante as outras pessoas. Sermos nós mesmas dá medo, dos outros! Quantas coisas deixamos engasgadas ou não falamos por receio. Ou até mesmo no caso do filme, quantas vezes desistimos daquela plástica no nariz porque ficamos imaginando o que os outros vão dizer sobre nós. Não! Temos que parar com isso! Temos que ficar perto daquilo que sonhamos, temos sim que sermos mais nós mesmas e menos personagens! Já repararam que para cada ocasião usamos uma máscara? Com nossa família somos de um jeito, na faculdade de outro, na academia, em todos os lugares, vestimos uma máscara que nos convém, por diplomacia, vontade de ser imparcial, enfim, N motivos...
E eu fico me perguntando se o mundo não seria melhor se simplesmente nos livrássemos disso e assumíssemos nossa verdadeira face, ou se tudo viraria caos; e as pessoas brigariam e se arranhariam que nem em briga de traveco de rua, cada um com sua gilete no bolso, uma bagunça... muito emocionante, mas ainda assim uma bagunça.
Poucas pessoas estão dispostas a pagar o preço da autenticidade, preferem morrer somente agradando os outros, apssando longe do que realmente gostariam de ser, observado a vida pelo lado de fora e não atuando nela.
Ai que assunto mais complicado, rodei rodei e ainda não cheguei a nenhuma conclusão; SER OU NÃO SER? VIVER OU NÃO VIVER, SONHAR OU NÃO SONHAR? E se fizermos um pouco de tudo? hahuahuahuahua ai tá galerem cortem o gardenal. E vocês, o que pensam sobre serem vocês mesas? Costumam se esconder? Como agem?
De qualquer forma, fica a dica do filme, e não só a Agrado, mas todos os personagens sofrem demais simplesmente por não usarem máscaras ou usarem demais...
Beijos e até a próxima sexta;
Heleninha.
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