quarta-feira, 19 de setembro de 2012

nem sempre sinônimo de felicidade eterna




Sempre critiquei quem casa com pouco tempo de namoro. Acredito que não dá para conhecer alguém da noite para o dia. Imagina, se vivemos discutindo com irmãos, que tiveram a mesma criação que a gente, imagina com uma pessoa que vem de outra família, outros hábitos...

Engraçado, né? Quando resolvemos nos casar, acreditamos que estamos fazendo isso porque conhecemos aquela pessoa tão bem, mas tão bem, que acreditamos saber tudo o que se passa na cabeça dela.
Mas não é assim que acontece sempre...
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Tive uma tia-avó que foi casada por mais de 30 anos. O casamento dela com meu “tio-avô” era lindo, daqueles que a gente sente o carinho nos menores gestos, sabe? Eles estavam tão bem, que fizeram uma segunda lua-de-mel. Rodaram a Europa inteira e voltaram cheios de mini Torres Eiffel e fotos apaixonadas.

No mesmo ano, 1995, após o Natal, meu tio pediu a separação.
Eu só lembro de que, quando ia na casa da minha tia, ela ficava aos cochichos com minha mãe e chorava compulsivamente.

A história toda? Meu tio conheceu a amante logo após se casar com a minha tia. Com o tempo, montou uma casa para ela, criou o irmão dessa amante como filho e tudo. Quando ele resolveu separar da minha tia, esse rapaz que ele criou como filho, já estava terminando a faculdade.

O que mais dói, acho que não é nem ele ter deixado ela para ficar com a outra. Esses casos a gente vê aos quilos por aí. Mas ele ter esperado mais de 30 anos para fazer isso foi o requinte cruel da merda que ele fez. Se ela fosse nova, com 30 ou 40 anos, poderia ter reconstruído sua vida numa boa, poderia ter tido filhos (meu tio não podia ter filhos!), arrumado um novo amor, uma casa nova.... Mas não, o cara esperou uma vida para tomar a decisão. Covarde demais, né?
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Será mesmo que muito tempo de namoro significa algo na maioria das vezes? Deve existir tanta gente ruim por aí e que sabe usar a máscara mui bem, capaz que passem mil anos e a gente nunca se dê conta.
Porém, se for pra investir em uma idéia, acredito que a base de um relacionamento é o conhecimento mútuo, coisa que a gente só adquire namorando muito, conversando muito e com muitos anos decorridos.

Sério, eu não entendo como funciona a paixão platônica. Todo mundo já se apaixonou platonicamente, mas ninguém é capaz de explicar como é capaz de amar alguém que só vê de relance. Como é que as pessoas podem afirmar que amam alguém que, na maioria das vezes, só conhecem de vista? Quem garante que ele não é lindo e burro ou tira catota do nariz e enfia na boca? Ou toma só um banho por dia ou mastiga com a boca aberta? Amor é convivência, não dá para amar quem não conhecemos.

Olha, apesar dos poréns, eu ainda defendo um namoro razoavelmente longo antes de optar por unir as escovas de dente. Se decidimos casar, que conheçamos as qualidades, os defeitos e claro, que não tentemos mudar quem amamos como conhecemos. E pés no chão, meninas. Casamento não é o último passo de vocês rumo à felicidade.


Para dizer que o príncipe virou um sapo, pedir simpatias para Santo Antônio ou dizer que casamento só na próxima encarnação: analia@corporativismofeminino.com








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Postado por
Anália


às
00:01












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