É tenso quando você conhece uma pessoa, se encanta por ela, troca MSN, começam a conversar e... você, menina fofa que se chama Júlia, vê o cara te chamando de Julha. Eu brocharia no ato (sim, após anos tentando descobrir se é com CH ou X, descobri que é com CH mesmo), e pensaria duas vezes antes de dar uma nova chance ao cidadão.
O que mais me aborrece, hoje, é saber que as crianças chegam à Universidade escrevendo que nem a bunda. Na minha turma, sempre prefiro eu mesma revisar os textos dos trabalhos antes de entregá-los. É "Homen", "Chingar" e outras pérolas da língua portuguesa à se perder de vista. Fora os erros de concordância. Tudo bem que eu não sou uma mestra em escrever corretamente, lembro que num post escrevi "ecatombe", porque não sabia mesmo que era com H. Um leitor não muito simpático me corrigiu. Na hora a gente se sente meio burro, mas nunca mais escrevi essa palavra da maneira errada. Errar tudo bem, insistir no erro e fingir que não aprendeu o certo é demais.
O que noto na geração da metade final da década de 80 e, principalmente a de 90, é que é uma geração que não gosta de ler, não gosta da Língua Portuguesa, se entedia quando sabe que tem que ler um livro novo pra escola. Se orgulham de passar meses sem abrir um gibizinho da Mônica! E, muitas vezes a família não incentiva a leitura. Não que minha mãe incentivasse muito, muitas vezes ela escondia - e ainda esconde - meus livros, para que eu os largue e vá jantar e depois lavar a louça "SE A GENTE NÃO ESCONDE O LIVRO VOCÊ PARECE QUE FICA EM ALFA POR HORAS, NUNCA VI!!!". Mas admito que, na infância, ganhava um gibi por semana, um livrinho, um diário pra me ver incentivada a escrever. Aprendi a ler com 4 anos, num gibi da Luluzinha, quando minha irmã, irritada de ter que ler pra mim a tarde toda, disse: Você já conhece as letras, tente você mesma, é só juntar! E fui muito elogiada em casa por tal feito. Ler, na minha cabeça, se tornou algo bom desde então.
Conheci gente que faz Direito e não gosta de ler, por exemplo. A profissão que mais exige leitura e atualização e um cara que não gosta de ler fazendo um curso desses! Confesso que, quando fui escolher a faculdade nova, fiquei muito tentada a fazer o curso, passei meses indecisa até decidir pela Engenharia mesmo. Fiquei surpresa, tivemos meio semestre de Leitura e Produção de Textos, para desespero da maioria que adora um cálculo. Achei certíssimo! Engenheiro também tem que saber escrever como gente!
No mais, fica o recado. Se você tem criança pequena em casa, incentive a leitura, mostre que ler é legal, quanto mais se lê, ,menores as chances dela escrever errado no futuro, ou de ser uma pessoa que fica "ain, tetesto ler".
E, na próxima semana, não percam o talk show "De Frente com Heleninha". Vai ser o máximo!
Beijos e até lá,
Heleninha.
heleninha@corporativismofeminino.com
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