quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Sobre o Dia dos Pais




Lendo o post da Zin palavra por palavra, me arrependo, por um dia, ter achado que meu pai foi ausente.

Houve uma namorada que nos afastou, mas uma vida inteira que nos une e uma situação que me fez sentir que posso e devo contar com meu pai.

Ainda lendo o post, lembrei-me de vários amigos que estão experimentando a paternidade e se mostrando cada vez mais presentes e participativos... Sem cobranças, mas por amor.

Eu também não fiz pesquisa alguma, não joguei “pais presentes” no Google. Também falo apenas dos meus quase 30 anos de idade. Eu tenho a chance (e honra) de conviver com pessoas que tem orgulho em ser pai e fazem isso direitinho. Dois exemplos:



- Vamos chamar meu amigo de “A”: Há um ano atrás, seu filho tinha apenas meses e ele se orgulhava em dizer que gostava de acordar tarde da noite, para fazer mamadeira e poupar a esposa, que já tinha perdido um bebê e fez um longo e cansativo tratamento para engravidar. Este é um amigo que eu tenho orgulho de dizer “é meu amigo e é MACHO”. Amanhã, em seu segundo dia dos pais, ele me diz que está ansioso para saber o que sua esposa combinou com o pimpolho, que agora tem um aninho e já sabe fazer gracinhas. Esse meu amigo acorda na madruga para trocar fraldas, fazer mamadeira e tudo mais, falta o trabalho para acompanhar a esposa ao pediatra e exibe fotos de sua família por todo lado! Bonito de se ver.


- Vamos chamar um outro amigo de “B” – No dia que ele foi mandado embora da empresa, a esposa descobriu que estava grávida! Bom, na verdade, o “B” é meu primo, e conhecendo bem a figura, pensei que ele ficaria louco, sem noção. Pelo contrário, ele ficou tão, mas tão feliz com a notícia, que nem parecia ter perdido o emprego – que seria o sustento de sua família – mas como Deus não fecha uma porta sem abrir uma janela, no mês seguinte ele foi chamado para trabalhar em uma empresa do governo.
A paternidade caiu-lhe como uma luva, e a menininha é a coisa mais fofa e bem cuidada desse mundo.


Talvez, por ser mulher e ter sido “fabricada” para gerar uma vida, eu não consiga entender o que faz um pai abandonar um filho. Seja não dando atenção, seja não estando presente, ou então, fazendo o pior: ser presente no cotidiano, mas longe do coração de seus filhos.

Sim, em MINHA opinião, pior do que estar ausente de corpo e financeiramente, é estar ausente de alma, coração.
Acho muito mais grave um pai executivo bem sucedido cheio da grana e vazio de tempo, para dedicar à família.

Aí, pobre da mãe que reclama e tem que ouvir: “eu trabalho para sustentar vocês”. Compreensível... Mas e aí? Fica por isso mesmo? Deixa nas costas da mãe toda a responsabilidade?

Bom, mas esquecendo essa parte ruim, ao meu pai e todos os outros bons pais, desejo um Feliz Dia dos Pais.

Beijos e excelente semana para todas

B.Beiçola








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Postado por
CF


às
08:33












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