quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Querido, encolhi a criança!




Se há algo que vai sumindo, à medida que um relacionamento vai ficando sólido e longo, é o pinto do parceiro. Antes grande, vibrante e flamejante, o negócio se torna pouco notável ou ínfimo. E o que farão vocês ainda continuarem juntos não são os centímetros a menos, mas se curtem a mesma série de tv ou, ainda, se conseguem pagar as contas sem se esbofetearem no fim do mês.

Não me refiro a namoricos onde você encontra o sujeito nos fins de semana, mas àqueles onde você divide a mesma cama todos os dias. Não importa quantos centímetros de pinto a régua acuse, se vocês tem uma longa estrada de sexo juntos... Os notáveis centímetros perdem a credibilidade. Para mim, esse é um dos grandes mistérios da humanidade. Talvez a prática sexual com o mesmo parceiro por muito tempo faça com que a vagina e o pinto transformem-se em peças de um quebra-cabeça. Sem mais dificuldades para se encaixar, torna-se uma questão de adequação. E se não há dificuldade, digo, se a coisa entra deslizante e indolor... Não sei se vai ter essa prazer todo. Acho que não. Quer dizer, não.

Depois de muito fazer a mesma coisa, vocês encontram a posição ideal para trepar e, consequentemente, chegar lá de maneira mais eficaz. Vocês não precisam tentar acrobacias, nem dar uma olhadela no kama sutra. Vocês sabem, por exemplo, que "de ladinho" é a posição que funciona. Para quê tentar outra coisa diferente disso? Então seguem meses a fio naquela coisa igual. Sexo mecânico que funciona como urinar - ou defecar.

O sexo está ali, à mão. Se quer trepar, dê fungadelas no pescoço do sujeito. Se quer enxergar, procure seu óculos na cabeceira. Se quer mudar o canal, o controle remoto. Enfim, a coisa está tão ali, tão previsível e há apenas uma fungadela a ser dada. Já ouvi muito de outras amigas com namoros de 6 anos: "Hoje tenho tanta preguiça de fazer sexo". Para mim não é preguiça, é desinteresse mesmo num pinto já ínfimo nessa altura do campeonato.

O que é sexo no sentido estrito? Aquilo naquilo outro. Fim. Dois corpos tentando ocupar o mesmo lugar da melhor maneira possível. Deve ser por isso que closes excessivos de entre-sai num vídeo pornô não excitem a todos. Mas seus corpos voluptuosos e a coisa mais fetichista ou sensual é que nos despertam interesse. Sexo é mais imaginação que a prática corpórea para funcionar bem. E isso a gente descobre quando tem sexo na cama todas as noites.

Um pinto é só um mero instrumento fálico que os homens tem entre as pernas e que só se torna uma espada flamejante quando há toda uma aura de ilusão-delirante iluminando a coisa toda. E qual é a solução para isso tudo? Mudar o homem quando seu pinto se tornar escasso? Na maioria dos casos continuamos no conforto (?) do sexo ao alcance da mão. Afinal, mesmo o sexo ruim, ainda, sim, é sexo - Diriam alguns. Por vezes, fazemos a caridade de continuarmos ali, já que assinamos um contrato de "pra sempre". Mas, como todo contrato, há as letras miúdas demais para serem lidas e você deixou passar o asterisco-cilada que profetizava: Meu pinto ficará ínfimo daqui a uns anos e você não poderá devolver o objeto.

Vocês continuariam/continuam com alguém quando o sexo fica morno?


Observações:
1. A Thaís sabiamente escreveu: Blog não é bíblia - Pensem nisso.
2. O título é "Querido" mesmo, já que a coisa não encolhe. É a nossa cabeça (ou a minha mesmo) que faz o pinto encolher - Não sei se essa frase ficou compreensível.
3. Pode dizer que você trepa há 10 anos com o mesmo cara e só entra rasgando. Sorte sua.








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Postado por
Sarita


às
23:01












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