Torre do Relógio - Centro Histórico de Cartagena de Indias.
Chegamos em Cartagena de Indias às 15:30 vindos da Ilha de San Andrés/Colômbia. Pegamos um taxi do aeroporto e em menos de 20 minutos chegamos ao hotel. Hotel El Pedregal, modesto, mas aparentemente limpo. Deixamos as coisas no hotel e saímos procurando algum lugar para comer. Entramos no primeiro restaurante que vimos, mas não demos muita sorte, pois já eram 16:30 e não havia muitas opções de almoço.
Seguimos a pé até a Torre do Relógio, muito pertinho de onde estávamos hospedados. A Torre do Relógio fica bem no meio do centro histórico, e uma vez lá, nos perdemos de propósito nas ruazinhas estreitas até encontrar a muralha. Cartagena tem um bairro inteiro dentro de uma gigantesca muralha, que protegia a cidade na época da colonização espanhola. Sua construção iniciou-se em 1586 e terminou em 1796. Hoje, dá um charme todo especial ao Centro Histórico e região.
Ficamos lá esperando para ver o por do sol, que era magnífico. Depois do fim de tarde, seguimos para a praça dos Coches, onde estava havendo uma apresentação de danças típicas bem legal. Ficamos assistindo a tudo bem interessados, pois era como se fosse uma dança afro. Depois, como estávamos bem cansados da viagem, passamos numa padaria, compramos lanches rápidos e sucos para voltar para o hotel.
No segundo dia, decidimos não programar nada, pois queríamos caminhar pela cidade e conhecê-la melhor. Fomos primeiro para o Centro Histórico, demos umas voltas por lá encantados com a cidade amuralhada e suas construções características, mas mudamos de ideia e seguimos a pé para visitar o Castelo San Felipe de Barajas. Fomos caminhando sem pressa, pegamos a Av. Venezuela, atravessamos a ponte e chegamos ao castelo sem a menor dificuldade.
Pagamos 17.000 pesos colombianos (cerca de 17 reais) por cada entrada no Castelo e seguimos com um guia impresso que nos deram. Achamos caro, não havia tanta coisa para ver que valesse o investimento. O que valeu mesmo, foi a vista de 360° de Cartagena!!!!
Construções típicas de Cartagena. Quem não gostaria de passar as férias neste lugar??
Voltamos para o centro e resolvemos almoçar, entramos em um restaurante que servia arroz com feijão bife e salada que mais parecia a comida caseira que estamos acostumados no Brasil. Uma delícia!!!! Depois do almoço, saímos procurando o Portal de los Dulces, pois nos disseram que lá havia todos os tipos de doces típicos da Colômbia. Decidimos pelo doce de arequipe, muito parecido com o doce de leite em barra que conhecemos no Brasil.
Comendo o doce ainda, fomos conhecer a Plaza de las Bóvedas, que era um abrigo anti bombas de canhão, última obra construída na fortificação. Há muitas lojinhas de artesanato neste local, e em frente a praça, um Colégio Salesiano. Ficamos observando o movimento dos estudantes com seus uniformes de tergal em frente à escola.
Las Bóvedas e suas lojinhas de artesanato.
Seguimos caminhando pela muralha e pelas ruas com seus casarios coloridos e muito lindos. Conhecemos a Catedral de Santa Catalina, Palácio de La Gobernación, Plaza de Bolívar, Plaza de Santo Domingo (os bares mais caros para se comer e beber na cidade ficam lá) e muitos outros lugares do Centro Histórico.
Resolvemos pesquisar os preços de esmeraldas e achamos os preços muito bons, mas decidimos comprar depois. Tomamos uma cerveja em um restaurante bem aconchegante e lotado de turistas (provavelmente europeus, pois falavam vários idiomas diferentes do espanhol e do inglês) e conversando com meu marido sobre os preços das esmeraldas, resolvemos voltar em uma loja que tinha um bom preço e compramos um pingente que eu tinha gostado muito. Fiquei muito feliz, pois as esmeraldas colombianas são famosas no mundo inteiro.
Acordamos mais cedo neste dia, porque tínhamos que estar no Pier de Cartagena para pegar o barco e fazer o passeio da Isla Del Rosário e para a playa Blanca. Pagamos no total 57.000 pesos, o equivalente a 57 reais (45.000 do barco + 12.000 da taxa de preservação) com almoço incluído.
Prédios de luxo no bairro da Boca Grande.
O barco Bequia Eagle saiu lotado!!! Foi muito bom, porque tinha um recreador bem animado fazendo brincadeiras com os passageiros e a vista da cidade era muito bonita. Cartagena é uma cidade muito bem desenvolvida, com bairros luxuosos.
Farol de Cartagena.
Forte de Cartagena - Patrimônio da Humanidade (UNESCO).
Durante o trajeto teve até uma competição muito animada entre equipes, com direito a prêmios simbólicos. Mas, o barco em que fomos era bem lento. Há outra opção um pouco mais cara, bem mais rápida, porém sem animação, sem bar e sem banheiro. Como o objetivo do blog é informar, fica aí a dica.
A primeira parada foi na Isla Del Rosário, onde há um oceanário que se pode visitar, pagando a quantia de 20.000 pesos (20 reais). Não achamos que valeu a pena, pois estávamos esperando algo melhor. Mas há uma grande variedade de espécies e também uma apresentação de golfinhos e tubarões.
Na verdade, a gente pensava que podia mergulhar de máscara e snorkel e ver os peixes livres na natureza, como vimos na ilha de San Andrés. Por isso é que saímos um pouco decepcionados, sem falar, que no resto da ilha não há nada pra fazer.
Quem não visitou o oceanário ficou esperando em um cantinho da ilha onde se podia tomar banho ou voltou para o barco. A parada nesta ilha durou uma hora.
Apresentção de golfinhos.
Hora da refeição!!!!
Seguimos para a Playa Blanca. Eu tinha lido em vários blogs que quem visitasse a ilha de San Andrés primeiro iria se decepcionar quando conhecesse a Playa Blanca e com toda a certeza, essa afirmativa é verdadeira!!!! Não que a praia fosse feia, pelo contrário, tinha águas azuis e verdes, mas a transparência da água e o visual ao redor não eram tão belos quanto a ilha de San Andrés. É inevitável fazer comparações.
Cada ilha incrível! A gente se perguntava como as pessoas viviam lá, no meio do nada.
Mas, quem visita Cartagena, DEVE fazer este passeio, é praticamente "obrigatório". Almoçamos um peixinho frito bem gostoso, acompanhado de arroz, salada, bananas fritas e suco de limão (já estava incluído no preço do passeio), mas era tudo sem luxo, muito simples, mas limpo e gostoso.
Playa Blanca. Olha que mar lindo!!!!!!
Depois do almoço, tivemos um tempo para banho e para conhecer a praia. Havia muita gente, pois vários barcos como o nosso estavam ancorados. Demos um passeio, tomamos banho e ficamos apreciando a beleza da praia e a movimentação das pessoas até a hora do chamado para voltarmos para o barco.
Saímos às 6:50 com o microônibus lotado. De Cartagena a Barranquilla são 115 quilômetros e de Barranquilla a Santa Marta são mais 93 quilômetros. Demoramos duas horas para chegar em Barranquilla, onde descemos para tomar café.
Barranquilla é uma cidade pertencente ao Estado do Atlântico, que cresceu ao redor do porto, então não há turismo, só o comércio forte. Achamos a cidade feia, muito suja e sem saneamento básico. A única parte limpa era o centro, fora dele, havia muita pobreza. Não dava para passar muito tempo lá, e no fundo nem queríamos, pois não valia a pena. Foi uma decepção total!!!!
Seguimos para o Estado de Magdalena, onde se situa a cidade costeira de Santa Marta. Pense numa viagem longa!!!!! Mais duas horas para chegar.
Já em Santa Marta, seguimos direto para a praia caribenha do Rodadero, muito bonita e praticamente sem ondas. Almoçamos em um retaurante muito simpático chamado El Punto Marino. Comemos peixe acompanhado de arroz, salada, batata frita, e patacon (banana assada) com uma limonada suíça muito saborosa. Depois do almoço, fomos ver as lojinhas de artesanato para fazer a digestão antes de cair na água da praia.
A praia é muito bonita com areia muito fina, mas a água é bem gelada. Tomei um banho rápido, mas saí logo. Só meu esposo que resolveu ficar um pouco mais, levou o snorkel com a máscara, mas achou que o lugar não era bom para mergulho, só para banho.
Praia de Rodadero.
Conversamos muito com eles e descobrimos que o salário mínimo na Colômbia são 600.000 pesos, mas que a maioria da população recebe 1.000.000 incluídos os benefícios como transporte e plano de saúde. Acha muito??? Para comparar com o Real é só tirar os três últimos zeros.
Um rapaz muito educado se ofereceu para nos fotografar. E não é que a foto ficou ótima?
Saímos de lá às 16:00 e chegamos em Cartagena às 20:00 sem direito à parada para xixi. Enfim, tivemos um dia muito cansativo para poucas horas de relaxamento. Enfim, NÃO RECOMENDAMOS O BATE VOLTA PARA SANTA MARTA, só se você fizer mesmo questão de ir até lá.
Uma parte da Muralha e a Catedral de São Pedro Claver ao fundo.
Reservamos o dia seguinte para passar o dia na praia. Saímos do hotel por volta das 9:00 e fomos caminhando até a praia da Boca Grande, point dos hotéis de luxo. Como era domingo, as lojas do Centro estavam fechadas, então praia era uma boa opção.
Dia de praia!!!!
A distância do hotel até a praia era de uns três quilômetros, ou seja, uma boa caminhada. Aproveitamos para ir fotografando novamente os pontos mais bonitos do trajeto, como a Torre do Relógio, o Pier, os barcos, etc. O dia realmente estava primoroso!!!
Saímos fotografando tudo que encontrávamos pelo caminho!!
Assim que chegamos na praia, tomamos aquele banho de mar, pois estávamos suados da caminhada. Depois, ficamos um bom tempo sentados nas cadeiras que alugam, tomamos mais banho, dissemos NÃO a milhares de vendedores que vendem de tudo e ficam chateando o banhista, e NÃO a outras milhares de mulheres que se oferecem para fazer tranças ou massagem (dizer não todo o tempo é bem chato).
O mar do Caribe e o Centro Histórico ao fundo.
Decidimos procurar um quiosque para tomar algo. Achamos um barzinho bem legal com dadeiras e sombreiros a disposição dos clientes na areia da praia. É sabido que nesses lugares se alugam tudo: tendas, toalhas, cadeiras, etc. Então, achamos legal ficar neste bar.
Praia da Boca Grande.
Pedimos cerveja Águila, a mais famosa da Colômbia, que foi criada em Barranquilla e hoje é um sucesso nacional. Ficamos um tempão lá e comemos um monte de coisa que os vendedores oferecem: siri, banana frita, biscoito de polvilho, etc.
Essa é a parte nobre da cidade, muitos hotéis luxuosos se encontram nesta região.
Lá pelas 14:00, resolvemos voltar para almoçar em algum lugar próximo ao hotel, porque tínhamos que descansar para a noite, pois teríamos o passeio da RUMBA EM CHIVA, que é um tipo de ônibus aberto com músicos tocando rumba, que faz um city tour noturno regado a rum. Depois do almoço, dormimos um pouco.
Saímos para rumbar às 18:30, tomamos um taxi em direção ao hotel Dorado, ponto de saída de todas as chivas. Como chegamos um pouco cedo, pois as chivas saem às 20:00, aproveitamos para ver lojinhas de artesanato e jantar. Vimos um McDonald"s e acabamos comendo lá. O Big Mac era mais barato que um perro caliente (cachorro quente)!!!
De todos os passeios que fizemos, este foi o que mais nos divertimos. Depois do "baile na muralha", ainda tivemos ingresso grátis em uma boate bem interessante. Só tocava ritmos caribenhos, onde turistas e colombianos dos mais diferentes lugares dançaram muito. Não dava pra ficar parado, pois o ritmo era contagiante!!! Saímos no início da madrugada, pegamos um taxi e voltamos felizes para o hotel.
No dia seguinte, acordamos um pouco mais tarde por causa da rumba e dos tragos da noite anterior. Saímos para tomar café em uma lanchonete para depois fazer uma pesquisa de preços da bateria sony que usamos em nossa máquina fotográfica, pois estávamos precisando de uma nova. Depois, saímos passeando pela cidade até chegar no Monumento à India Catalina, que segundo nos disseram, foi o elo de ligação entre os índios e os espanhóis na época da colonização.
Depois do monumento em homenagem à índia, pegamos a parte da muralha que dava em frente à catedral São Pedro Claver e sem o menor problema, encontramos o local. Há uma série de esculturas de metal na lateral da catedral. Achamos tudo muito interessante e bonito, aproveitamos para tirar umas fotos bem legais.
Seguimos pelas ruas do centro, decidimos tomar um refresco, escolhemos um barzinho, sentamos e ficamos batendo papo, sem ter pressa e preocupação com o que fazer. Lá pelas 14:00 fomos almoçar. Passamos por um restaurante que era um casarão bem antigo e que estava lotado de turistas de todas as partes do mundo. Resolvemos entrar e pedimos frango ao molho com ervilhas (cozidas como o feijão brasileiro - foi a primeira vez que as comemos assim), juntamente com arroz, salada mista e banana. Nunca vi povo para gostar tanto de banana!!! A verdade é que estava tudo delicioso!! E ainda vinha acompanhado de água de panela (um caldo de cana bem ralo).
À noite, saímos para a Plaza de la Trinidad, ponto de encontro de moradores e turistas, para comer comidas típicas e beber as últimas cervejas Club Colombia da viagem. Comemos perro caliente com chorizo (cachorro quente com linguiça e queijo mole), empanada (pastel de polenta com carne), arepa de queijo (muito parecido com o nosso escondidinho de queijo), níspera (sapoti), um bolinho típico com queijo (parece a coxinha de galinha brasileira, so que com queijo dentro), enfim, ficamos muito tempo na praça experimentando as comidas colombianas que ainda não tínhamos comido e nos despedindo, muito sem querer, do povo colombiano, que para nós foi maravilhoso!!!! A Colômbia que conhecemos vai deixar muitas saudades...
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