OBS: Ao prosseguir com a leitura, substitua a palavra "XIMBOCA" pelo nome daquela loja varejista pentelha que você odeia, mas sempre da uma passadinha lá: C&A, Renner, Riachuelo, Marisa..
Por que odeio ir no Shopping ? Me acompanhe, vou te contar.
Saio de casa em um sábado de sol, todos os caminhos querem me levar ao parque, a leitura de um bom livro ou até pra bebericar e jogar conversa fora com os amigos, mas não, estou indo ao tão temido pela conta bancária e tão cobiçado pelo guarda-roupa: O SHOPPING.
Vou mentalizando em todo caminho: “Não quero entrar na Ximboca, não quero entrar na Ximboca, não quero entrar na Ximboca”.
Quando chego, claro, vou direto pra famigerada Ximboca, pois a maioria delas estão situadas estrategicamente bem na entrada dos shoppings. Sim, eu sou Creuza e póbrinha, por vezes compro na Ximboca.
Logo quando entro, a mocinha pergunta se tenho o cartão Ximboca, eu não tenho, mas digo que tenho, só pra moça não me pertubar. NUNCA OUSE dizer que não tem, sob pena que ser ter seus ouvidos alugados nos próximos minutos.
Aí vou passando pelas araras, fuçando, fuçando, fuçando, pego uma blusinha aqui, outra ali. Lembrando que cada blusinha que gosto, pode render uma média 4 peças pra provar, pois nunca sei qual tamanho vai ficar bom, qual cor vou preferir, então pego pelo menos duas cores em dois tamanhos. Por favor, digam que eu não sou a única retardada que faz isso.
Passa outra mocinha e pergunta se tenho o cartão Ximboca, uso a arte do blefar mais uma vez: - Sim, já tenho, minha filha. MORRA!
Passo por mais algumas araras, e de repente já começo a sentir os cabides pesarem no braço – és chegada à hora do ritual do provador.
http://Corporativismo-Feminino.blogspot.com
De longe, já posso observar os maridos e namorados insatisfeitos, segurando as bolsas das amadas esposas / namoradas, aguardando pacientemente com a maior cara de cu do mundo que elas saiam do ritual do provador. Respiro fundo e sigo, sou empurrada por duas ou três crianças no caminho (incrível, o provador sempre fica ao lado do setor infantil) entro no provador só depois de já irritada, dizer pra moça que fica na porta mais uma vez: - Sim, já tenho o cartão Ximboca, moça.
Quando dou sorte, aloco-me em uma casinha no final do corredor, pois lá sei que as chances de crianças pentelhas abrirem a cortina da minha casinha são bem menores.
Coloco a primeira calça, o zíper não fecha.
Segunda calça, ficou folgada.
Terceira calça, o zíper fecharia, mas não passou na batata da minha perna.
Quarta calça, finalmente, entrou e fechou, ó! Dou uma voltinha no espelho e percebo que ela achatou minha bunda. Deixa pra lá, não estou precisando de calças mesmo, vou provar as blusinhas.
Provar blusinhas é uma coisa que exige muita tática e paciência, pois cada uma que eu visto, soa como um velho desafio: Meu cabelo versus Lei da gravidade. Meus cachos não gostam de provar roupas, fato.
http://Corporativismo-Feminino.blogspot.com
Coloco a primeira, a segunda, a terceira, a quarta...não gosto de nenhuma. Saio do provador com os cabelos em pé! (literalmente), e a moça pergunta: “Gostou de alguma?” – tímida, respondo: “Só essa aqui...”. Saio com uma peça em mãos, pra não passar pela descontrolada que prova 10 peças e não gosta de nada, mas deixo-a na primeira arara que encontro pela frente, logo depois respondo ao simpático mocinho: “Sim, já tenho o cartão Ximboca, moço”. E vou enfiar ele no cu de quem me perguntar isso novamente, porra!
Saio ensandecida. Quanto tempo já perdi aqui provando as roupas inúteis da Ximboca ? uma hora? Meu sais! já estou de saco cheio, quero ir pra casa! - penso.
Antes de sair da Ximboca, olho a inúmera variedade de bijuterias, crio fixação por algum colar que custa R$ 30 na Ximboca, mas provavelmente me custaria 3 vezes menos em qualquer lojinha no centro da cidade. Decido por comprá-lo, afinal, já perdi uma hora inteira ali mesmo.
Vou para a fila do caixa com meu colar. Claro que a fila que eu escolhi é a que não anda. É aquela que tem uma senhora comprando em 20x no cartão Ximboca algumas 25 calcinhas tamanho GG, além de sutien de alta sustentação, e mais roupas para o 5 netos, que estão puxando a saia dela e gritando o tempo todo.
Enquanto assisto a algazarra e espero na fila, respondo pela enésima vez: “- Sim, já tenho o cartão Ximboca moço”. E se tivesse mesmo, é nesse momento que estaria enfiando-o güela baixo do que fez novamente essa infeliz pergunta.
Finalmente, chego ao caixa, ouço uma variação da temível pergunta: “Vai pagar com o cartão Ximboca?”. Respondo: “– Não, minha filha, REDESHOP, pois enfiei o cartão Ximboca no cu daquele seu amigo ali, tá vendo?”
Enfio meu colar na bolsa e saio da Ximboca, já sem paciência pra muita coisa. Ando alguns metros até o quiosque do Mc Donald mais próximo, peço uma casquinha pra esfriar os ânimos, e até lá, vejo uma inocente plaquinha: “PAGUE COM O CARTÃO Ximboca”.
Saio com minha casquinha, decido voltar pra casa.
Caminho de mãos vazias e entoando o mantra: “Dá próxima vez, não vou mais perder tempo na Ximboca...”
- Bel -
bel@corporativismofeminino.com
Por que odeio ir no Shopping ? Me acompanhe, vou te contar.
Saio de casa em um sábado de sol, todos os caminhos querem me levar ao parque, a leitura de um bom livro ou até pra bebericar e jogar conversa fora com os amigos, mas não, estou indo ao tão temido pela conta bancária e tão cobiçado pelo guarda-roupa: O SHOPPING.
Vou mentalizando em todo caminho: “Não quero entrar na Ximboca, não quero entrar na Ximboca, não quero entrar na Ximboca”.
Quando chego, claro, vou direto pra famigerada Ximboca, pois a maioria delas estão situadas estrategicamente bem na entrada dos shoppings. Sim, eu sou Creuza e póbrinha, por vezes compro na Ximboca.
Logo quando entro, a mocinha pergunta se tenho o cartão Ximboca, eu não tenho, mas digo que tenho, só pra moça não me pertubar. NUNCA OUSE dizer que não tem, sob pena que ser ter seus ouvidos alugados nos próximos minutos.
Aí vou passando pelas araras, fuçando, fuçando, fuçando, pego uma blusinha aqui, outra ali. Lembrando que cada blusinha que gosto, pode render uma média 4 peças pra provar, pois nunca sei qual tamanho vai ficar bom, qual cor vou preferir, então pego pelo menos duas cores em dois tamanhos. Por favor, digam que eu não sou a única retardada que faz isso.
Passa outra mocinha e pergunta se tenho o cartão Ximboca, uso a arte do blefar mais uma vez: - Sim, já tenho, minha filha. MORRA!
Passo por mais algumas araras, e de repente já começo a sentir os cabides pesarem no braço – és chegada à hora do ritual do provador.
http://Corporativismo-Feminino.blogspot.com
De longe, já posso observar os maridos e namorados insatisfeitos, segurando as bolsas das amadas esposas / namoradas, aguardando pacientemente com a maior cara de cu do mundo que elas saiam do ritual do provador. Respiro fundo e sigo, sou empurrada por duas ou três crianças no caminho (incrível, o provador sempre fica ao lado do setor infantil) entro no provador só depois de já irritada, dizer pra moça que fica na porta mais uma vez: - Sim, já tenho o cartão Ximboca, moça.
Quando dou sorte, aloco-me em uma casinha no final do corredor, pois lá sei que as chances de crianças pentelhas abrirem a cortina da minha casinha são bem menores.
Coloco a primeira calça, o zíper não fecha.
Segunda calça, ficou folgada.
Terceira calça, o zíper fecharia, mas não passou na batata da minha perna.
Quarta calça, finalmente, entrou e fechou, ó! Dou uma voltinha no espelho e percebo que ela achatou minha bunda. Deixa pra lá, não estou precisando de calças mesmo, vou provar as blusinhas.
Provar blusinhas é uma coisa que exige muita tática e paciência, pois cada uma que eu visto, soa como um velho desafio: Meu cabelo versus Lei da gravidade. Meus cachos não gostam de provar roupas, fato.
http://Corporativismo-Feminino.blogspot.com
Coloco a primeira, a segunda, a terceira, a quarta...não gosto de nenhuma. Saio do provador com os cabelos em pé! (literalmente), e a moça pergunta: “Gostou de alguma?” – tímida, respondo: “Só essa aqui...”. Saio com uma peça em mãos, pra não passar pela descontrolada que prova 10 peças e não gosta de nada, mas deixo-a na primeira arara que encontro pela frente, logo depois respondo ao simpático mocinho: “Sim, já tenho o cartão Ximboca, moço”. E vou enfiar ele no cu de quem me perguntar isso novamente, porra!
Saio ensandecida. Quanto tempo já perdi aqui provando as roupas inúteis da Ximboca ? uma hora? Meu sais! já estou de saco cheio, quero ir pra casa! - penso.
Antes de sair da Ximboca, olho a inúmera variedade de bijuterias, crio fixação por algum colar que custa R$ 30 na Ximboca, mas provavelmente me custaria 3 vezes menos em qualquer lojinha no centro da cidade. Decido por comprá-lo, afinal, já perdi uma hora inteira ali mesmo.
Vou para a fila do caixa com meu colar. Claro que a fila que eu escolhi é a que não anda. É aquela que tem uma senhora comprando em 20x no cartão Ximboca algumas 25 calcinhas tamanho GG, além de sutien de alta sustentação, e mais roupas para o 5 netos, que estão puxando a saia dela e gritando o tempo todo.
Enquanto assisto a algazarra e espero na fila, respondo pela enésima vez: “- Sim, já tenho o cartão Ximboca moço”. E se tivesse mesmo, é nesse momento que estaria enfiando-o güela baixo do que fez novamente essa infeliz pergunta.
Finalmente, chego ao caixa, ouço uma variação da temível pergunta: “Vai pagar com o cartão Ximboca?”. Respondo: “– Não, minha filha, REDESHOP, pois enfiei o cartão Ximboca no cu daquele seu amigo ali, tá vendo?”
Enfio meu colar na bolsa e saio da Ximboca, já sem paciência pra muita coisa. Ando alguns metros até o quiosque do Mc Donald mais próximo, peço uma casquinha pra esfriar os ânimos, e até lá, vejo uma inocente plaquinha: “PAGUE COM O CARTÃO Ximboca”.
Saio com minha casquinha, decido voltar pra casa.
Caminho de mãos vazias e entoando o mantra: “Dá próxima vez, não vou mais perder tempo na Ximboca...”
- Bel -
bel@corporativismofeminino.com
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