Eu já tive muitos amores. Amor de colégio, amor de verão, amor de inverno, amor-que-não-era-amor-mas-sim-paixão, amor
Aaaaah, as ciladas. Eu só vejo que, com o perdão da palavra, essa porra vai dar merda quando ela está a dois milésimos de segundos de acontecer. E daí em diante é ladeira abaixo. Especialmente porque nestes momentos a vida é irônica e, diria eu, levemente sádica, me fazendo repassar o refrão de "Cilada" do Molejo, em loop, na minha cabeça. Gente, o inferno é aqui, viu? Bem aqui, dentro da minha cabeça.
Por exemplo, durante um passeio romântico por uma bela e arejada praça com Roberto, amorzinho dos meus 15 anos (faz teeeempo), que COM TODA A CERTEZA ficaria comigo para sempre, uma menina se aproxima e conversa com ele por 20 minutos sem notar minha presença.
- Não sou apresentada à criatura. Hmmm, ruim.
- Ela passa as mãos nos braços dele o tempo todo. Hmmm, péssimo.
- Ela pede para ele mandar beijos para seus familiares. Iiiih, essa porra vai dar merda.
Sobe a cortina:
- "Nossa, essa menina deu em cima de você des-ca-ra-da-men-te na MINHA frente!", digo, revoltada.
(desconfiômetro apita fraquiiiinho)
- "A Perséfone? Ah, é que eu saí com ela ontem", diz o patife NA CARA DURA.
(desconfiômetro falido pede desculpas esfarrapadas)
- "Você saiu... o quê?", gaguejo.
(Não era amor)
- "Saí com ela. Nenhum problema, né? Afinal, a gente não tem nada sério", afirma enquanto acende um cigarro.
(Ô, ô)
- "Aaanh... ééé... não, né? Mas eu achei...", engasgo em minha própria saliva enquanto procuro quem roubou o chão sob meus pés.
(Não era)
- "A gente está se divertindo, não é mesmo?", indaga enquanto segura meu rosto com as mãos. A fumaça do cigarro me sufoca. Já não sei se meus olhos estão marejados de tristeza ou intoxicação.
(Insira aqui uma onomatopéia que represente meu coração sendo esmigalhado em pequenos pedaços)
- "Aaaanh... estamos?", chorooooosa. Era choro, mesmo.
(Não era amor, eraaaaaa...)
- "Mas é muito mais divertido se eu tiver vocês duas", diz levando suas mãos para minhas nádegas. Éééé.
(CILADA, CILADA, CILADA, CILADA, CILADA, CILADA)
E essa é a história da minha vida. Entre chopes e compras astronômicas em lojas de departamento, eu basicamente estive partindo meu coração pelas ruas desse Brasil-sil-sil. E tudo isso, aliado à completa ausência de um gaydar, já causou estragos quase irreparáveis. Quase. Até porque sempre existe uma luz no fim do túnel, mesmo que você se recuse a enxergá-la e utilize recursos tão clichês quanto álcool, comida e CDs do Placebo para afogar as mágoas.
Mas, como dizem, cara feia para mim é fome e desgraça pouca é bobagem. Então, recém curada de uma paixonite avassaladora, eu me jogava em outra, pelo simples prazer da emoção e da busca. E dá-lhe borboletas no estômago e gagueira galopante.
E eu dei essa volta inteira para dizer queeu não possuo foco todas essas sensações voltaram. E o "sortudo" da vez é Corporativismo Feminino. Desde que a querida Zíngara me convidou para escrever por aqui de vez em quando, tenho sofrido de borboletas no estômago e ansiedade crônica. E escrever este primeiro texto para o CF está sendo tão difícil quanto iniciar um bom relacionamento, daqueles que podem causar suor nas palmas das mãos e noites em claro.
E, no fundo, é bastante engraçado que, agora, com todos os traumas amorosos superados, as sensações de nervosismo novamente me atinjam e me sacudam. Mas confesso que levar esse sacode será uma experiência deliciosa. Especialmente por ser uma experiência sem Molejo na trilha sonora!
Besos, besos!
Patsy
- "Nossa, essa menina deu em cima de você des-ca-ra-da-men-te na MINHA frente!", digo, revoltada.
(desconfiômetro apita fraquiiiinho)
- "A Perséfone? Ah, é que eu saí com ela ontem", diz o patife NA CARA DURA.
(desconfiômetro falido pede desculpas esfarrapadas)
- "Você saiu... o quê?", gaguejo.
(Não era amor)
- "Saí com ela. Nenhum problema, né? Afinal, a gente não tem nada sério", afirma enquanto acende um cigarro.
(Ô, ô)
- "Aaanh... ééé... não, né? Mas eu achei...", engasgo em minha própria saliva enquanto procuro quem roubou o chão sob meus pés.
(Não era)
- "A gente está se divertindo, não é mesmo?", indaga enquanto segura meu rosto com as mãos. A fumaça do cigarro me sufoca. Já não sei se meus olhos estão marejados de tristeza ou intoxicação.
(Insira aqui uma onomatopéia que represente meu coração sendo esmigalhado em pequenos pedaços)
- "Aaaanh... estamos?", chorooooosa. Era choro, mesmo.
(Não era amor, eraaaaaa...)
- "Mas é muito mais divertido se eu tiver vocês duas", diz levando suas mãos para minhas nádegas. Éééé.
(CILADA, CILADA, CILADA, CILADA, CILADA, CILADA)
E essa é a história da minha vida. Entre chopes e compras astronômicas em lojas de departamento, eu basicamente estive partindo meu coração pelas ruas desse Brasil-sil-sil. E tudo isso, aliado à completa ausência de um gaydar, já causou estragos quase irreparáveis. Quase. Até porque sempre existe uma luz no fim do túnel, mesmo que você se recuse a enxergá-la e utilize recursos tão clichês quanto álcool, comida e CDs do Placebo para afogar as mágoas.
Mas, como dizem, cara feia para mim é fome e desgraça pouca é bobagem. Então, recém curada de uma paixonite avassaladora, eu me jogava em outra, pelo simples prazer da emoção e da busca. E dá-lhe borboletas no estômago e gagueira galopante.
E eu dei essa volta inteira para dizer que
E, no fundo, é bastante engraçado que, agora, com todos os traumas amorosos superados, as sensações de nervosismo novamente me atinjam e me sacudam. Mas confesso que levar esse sacode será uma experiência deliciosa. Especialmente por ser uma experiência sem Molejo na trilha sonora!
Besos, besos!
Patsy
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