quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Sobre Cotas



O assunto de hoje é polêmico, e eu espero que as pedras sejam poucas. Se eu escrever alguma merda e você leitor, souber do correto e quiser me corrigir, sinta-se à vontade para fazer isso nos comentários. Mas assim, de boa tá, que eu tô sensível.

Sinceramente? Foi-se o tempo que alunos geniais entravam na UTFPR (Cefet), hoje, com boa parte das vagas destinadas a alunos da rede pública, e utilizando apenas o Enem como vestibular muitos alunos bons ficaram de fora. Minha sobrinha quando fez a inscrição estava em décimo quinto lugar, disputando uma vaga para Engenharia de Produção Civil. Após todo mundo, inclusive cotistas, colocarem suas informações, sua colocação caiu para lá do sessenta, e, obviamente, ela perdeu a vaga. Mas passou na UFPR, que tem uma prova bem mais complicada e duas fases extremamente cansativas. Foi só um exemplo, mas será mesmo que ela não era boa o bastante pra entrar numa UTFPR? Que tipo de profissionais a Faculdade tecnológica está formando, afinal?

Não acho errado ter cota pra colégio público, melhor do que por exemplo, as costas ridículas para negros, índios e os caralho. Daqui a pouco, obesos e pessoas que fazem Kumon também vão querer cotas. Como se cor de pele definisse inteligência, francamente. O que acho errado é o absurdo de vagas disponíveis pra quem veio da rede pública, tirando quem se matou de estudar um ano num cursinho legal (muitas vezes, pessoas que vieram da rede pública e conseguiram um dinheirinho ou uma bolsa pra entrar num Positivo da vida) e tirou um puta notão, do páreo. Ou abram mais vagas, ou melhorem de uma vez o ensino público para que as vagas sejam disputadas pela inteligência, e não por classe social. Se é assim, quando eu tiver um filho, vou enfiar ele num colégio público, só pra ele ter a cota garantida. E aí? Quem vai vir bater na minha porta pra me dizer se eu tenho ou não condições de pagar um colégio bom pra ele? Ninguém! E pode ter certeza que muita gente que pode pagar um colégio particular legal, já teve a mesma idéia que eu.

Quanto ao PROUNI, pô, acho uma puta inicativa. Muitos alunos da minha classe são PROUNI, e dois deles tem ótimas notas. O que eu acho errado é que, se, a pessoa estudou apenas um período numa escola particular, ela perde o direito ao benefício, como se ela fosse eternamente rica e pudesse pagar horrores de faculdade também. A recepcionista da empresa onde trabalho, passou com uma nota altíssima na PUC, mas não pode pagar a mensalidade. Estudou apenas dois anos num colégio particular e perdeu o direito ao PROUNI. Nesse caso, acho que o governo ou seja lá quem for que disponibilize tal benefício, analise a vida da pessoa e decida se ela pode ou não participar. Já vi gente com PROUNI e carro na garagem, é mole? E, de novo o caso, se meu filho, mesmo eu tendo condições de enfiá-lo num colégio particular, coloquei ele num público, além da cota, conforme for, ele também tem direito ao PROUNI numa faculdade particular.
Acredito que cada caso deveria ser analisado do jeito certo e não simplesmente beneficiar quem veio de escola pública como se todo mundo que estivesse lá fosse pobrão, e quem estuda em colégio pago fosse ricasso. Não é bem assim. Muita gente paga um curso como Engenharia com MUITA dificuldade, ou depende da boa vontade da empresa onde trabalha pra ajudar a bancar, simplesmente porque não pode apelar para o PROUNI.
A conclusão que eu tiro é a óbvia, só melhorando a educação como um todo e não dando privilégios pra nenhum tipo de aluno, as vagas em Universidades Públicas seriam mais bem distribuídas, formando profissionais competentes, e, quem concoresse às vagas das particulares tivesse sua vida analisada a fundo, para que o benefício da bolsa integral ou parcial não fosse parar em mãos erradas.
E vocês, o que acham?

Heleninha








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Heleninha


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