quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A tal da Emancipação




A pergunta deixada pela leitora Ana aqui na nossa caixa de comentários foi: O que responder quando um homem, mesmo que seja um senhor, disser que não vê motivo pra emancipação feminina?

Não vou usar o termo emancipação, apesar do significado amplo da palavra, ela me remete a loucas queimando sutiens em praça pública, e isso acabaria com a imparcialidade que busco aqui. Sempre que entram nessa tal idéia de emancipação acabam caindo naquela discussão de Feministas X Machistas que realmente já encheu o saco, então vou tentar abordar o assunto pelo aspecto humano da coisa, sendo mais imparcial possível, (não sei se realmente conseguirei, mas vou tentar).

Vamos aos motivos:

Em prol do casal: Convenhamos, antigamente as únicas formações que existiam eram praticamente Médico, Advogado e Engenheiro, a sociedade evoluiu muito nesse aspecto, tem cada vez mais gente formada em cada área, a competitividade aumentou muito e os salários diminuíram, com o passar do tempo está ficando mais difícil sustentar uma família, por isso o papel da mulher trabalhar é deveras importante, vejam que ainda nem estou falando de independência, mas dividir as despesas da casa é mais vantajoso para o homem, inclusive - Que eles peguem aqueles R$ 500 que a mulher torraria com dois pares de sapato e vá comprar rodas alienígenas pro carro, homem adora rodas alienígenas. – que a mulher torre todo seu salário com sapatos e maquiagem, já é um grande alívio pro marido não ter que bancar isso.

“Amor, dá dinheiro pra comprar calcinha?” – Não dá né gente?

Ainda que seu marido seja muito rico e bem de vida, onde fica a dignidade, minha filha? – opa, vamos para o próximo motivo.


Pela dignidade: A Sally respondeu no comentário da Ana: “POR DINHEIRO”, eu prefiro dizer que é pela DIGNIDADE. Querendo ou não, quem não ganha o próprio dinheiro tem que engolir muito sapo, isso não deve ser muito agravante no começo da vida de casada, mas com o passar do tempo, a mesmice, o tédio, os sapos virão, tenha 99% de certeza.
Não me interpretem mal, não estou dizendo que essas pessoas são indignas, mas sim que podem, por muito pouco, sentir-se com a dignidade ferida.
Não estou falando isso da boca pra fora, tenho exemplos suficientes na família pra ter certeza que não quero isso pra mim e não recomendo pra ninguém.

Aí a Creiça diz: “Ah, mas meu marido é podre de rico, pra que preciso trabalhar?...” – ok, vamos para o próximo motivo.

Pela independência: Imagine ficar 30 anos casada com um homem que te sustenta, e você quer se separar, o que vai fazer? Viver de pensão? Voltar pra casa dos pais? Retornar ao mercado de trabalho depois de tantos anos fora? Vender o corpo?
Ele ta cagando dinheiro? Então aproveite pra abrir um negócio próprio, ainda que você só administre, faça alguma coisa, Mutley.

Vejam bem, tem mulheres que entram no mercado de trabalho depois de uma separação e conseguem se dar bem, mas oi, me desculpa, você vai correr esse risco flor?

Morte: Sei que ninguém casa pensando na morte do parceiro, mas sejamos realistas, ninguém está livre do fim supremo. E se o maridão morrer e não for rico o suficiente pra te deixar uma bela herança, heim filhona? O que você vai fazer pra sobreviver? Casar novamente enquanto o corpo do defunto ainda ta quente na cova?



Nossas avós ou bisavós ou tataravós (depende da idade de quem está lendo) não tiveram a mesma liberdade de escolha que nós, as coisas mudaram muito por conta da fofas que queimaram sutien em praça pública – não estou dizendo que foi uma atitude louvável, mas eu consigo imaginar o tipo de sapo que as mulheres engoliam naquela época, realmente não devia ser nada fácil.

Agora, se você leu tudo isso e ainda prefere a dependência, se joga nega, mas depois não reclame que ninguém te avisou. E compra bastante sal de fruta, pois engolir sapos da azia!

by Winnie








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Postado por
CF


às
15:26












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