quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O que é certo e o que é errado?




No final da década de 50, topete e casaco de couro compunham o guarda-roupa masculino, as mulheres começavam a trocar a saia rodada por calças cigarette. Prenúncio de liberdade com o “On the road” de Keurouac?

Essa minúscula introdução à moda, é apenas para elencar quão influenciável é a política no modo de vestir das pessoas. Hoje, com a desmistificação da psique e do senso de liberdade da população BRASILEIRA, tudo é moda. Sim, a saia balonê, a bermuda roubada do artigo masculino, a gola alta, o cabelo longo ou curto. Tudo é aceitável, o que não se aceita na moda é falta de bom senso. Por isso vale usar qualquer peça, investigando seu tipo físico, ocasião e pretensão.

Até as cores estão despretensiosas. Você não precisa mais casar bolsa marrom com sapato e cinto marrons, isso, hoje em dia, fica até ultrajante, beira o certinho e o entendiante. Ora, seria o entediante a peça fora de moda?

Já experimentaram usar um vestido amarelo com um colar extravagante vermelho e um scarpin vermelho junto? Fica incrível! É certo que as cores, aquelas que nunca se cruzaram na moda, escapam do tédio e, por isso, é moda!

Claro que há as pessoas que fazem o estilo clássico, para elas é quasse impossível vestir uma meia colorida, quiçá uma associação de cores? Tenho meus momentos monocromáticos, claro, não é uma crítica, apenas uma observação. Mas estamos falando de moda, os clássicos são clássicos, distantes da vanguarda!

Meias fio 40, coloridas da Lupo, têm feito toda a diferença no meu look (Engraçado que não gosto dessa palavra) e elas não chegam a custar nem R$15,00. Além de me aquecer, me deixa elegante com peças antigas do closet que ganharam uma forma novíssima.

Antes de tratar a vestimenta com desdém, perceba que até seu cabelo não passa de uma alusão ao Neo-liberalismo. Os homens, que fazem pouco caso com seus artigos de vestuário, buscam o despojado e o despretensioso, estes adjetivos tão em alta nos nossos tempos.

Scarpin com shortinho jeans; camisa verdíssima com acessórios vermelhos (os daltônicos é que não perceberão o seu “descolado”); o pretinho básico e quase indo para a doação de agasalhos com uma meia colorida; a camisetinha branca que fora usada para malhar com um colar excêntrico, TUDO pode encontrar o seu par perfeito e abandonar o morfo para que você possa desfilar por aí como uma top.

Certo é abandonar o marasmo. Errado é estar previsível.

Zíngara








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Postado por
CF


às
13:48












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