Já disse em outro post o quão a leitura hoje faz parte da minha vida. Mas não foi sempre assim. Houve interrupções pelo gosto da leitura.Antes de engravidar, por exemplo, eu apenas consumia livros filosóficos ou, ao menos, o que as pessoas chamariam de "leitura produtiva com vislumbre acadêmico".
O fato é que na época além de cursar Jornalismo, eu era responsável por uma monitoria em Sociologia, de forma que focava minha leitura para esse campo. Ao engravidar, pelo absurdo inesperado, eu parei com os livros. E eu tinha muito tempo disponível, já que aos 6 meses de gravidez eu mal podia deitar sem ficar sufocante. Pari, passei todas aquelas noites insones e não voltei à leitura.
O fato é que na época além de cursar Jornalismo, eu era responsável por uma monitoria em Sociologia, de forma que focava minha leitura para esse campo. Ao engravidar, pelo absurdo inesperado, eu parei com os livros. E eu tinha muito tempo disponível, já que aos 6 meses de gravidez eu mal podia deitar sem ficar sufocante. Pari, passei todas aquelas noites insones e não voltei à leitura.
Comecei a sentir falta da leitura. Via lançamentos, admirava as capas, lia a sinopse (que quase sempre parece ser feita por quem não leu o livro) e deixava pra lá. Ia a livrarias, tocava aqueles livros perfumados, pedia um café e dava tchau. O tempo passou, fiquei cada vez mais envolvida com a internet e com a tv a cabo - Para fins recreativos. Se tinha um filme baseado num livro, claro que eu ia assistir o filme. Estava mastigado, tudo bonitinho, tudo mais fácil do que enfrentar 400 páginas. E eu deduzia na época que não tinha tempo. Quer dizer, se alguém quiser dar uma desculpa por não ler, a resposta será sempre "Não tenho tempo".
Foi no meu último relacionamento que comecei a ler compulsivamente. Vivíamos em idas e voltas. Nas idas eu tentava me ocupar com uma grande quantidade de livros para me distrair da situação e não começar a comer. E, convenhamos, é melhor se distrair com leitura do que com comida. Eu me envolvi com a "coisa do livro", a tal ponto que passei a vendê-los. Fiz exposições em escolas, feiras etc.
Sempre ouço de meninos (os adultos tem vergonha de confessar tal coisa): Eu odeio ler! Odeio livros!. Eu sempre dou um sorriso e digo "Você deve ter tentado ler livros que o tema não lhe interessava. Mas você gosta, sim!". Não que não gostar de ler faça de alguém capaz, ou menos capaz. É que a prática é uma boa para fins recreativos ou profissionais, sabendo que você aperfeiçoa essa língua tão vasta e difícil como é a Língua Portuguesa. Na verdade, esse preâmbulo todo é para dar uns toques a quem quer ressuscitar ou até mesmo gerar o desejo pela leitura. Muitas pessoas dizem que vem da infância e eu digo que não é bem assim.
1) Você tem tempo para ler.
Eu leio ao esperar meu filho sair da aula de judô ou futebol. Leio quando aguardo minha mãe em algum lugar. Leio até cair no sono. Leio no metrô. Leio na sala do consultório, na fila de algum lugar. Leio entre um comercial e outro de algum noticiário. Leio no lava-jato ou quando vou fazer só as unhas do pé.
Até dezembro estive num trabalho temporário e chegava às 8h, saindo às 19h. Na ida e vinda, eu lia no metrô. Depois do jantar, eu lia. E assim conseguia vencer um livro em 3 dias numa boa. O segredo é estar com o livro SEMPRE na sua bolsa (desnivelando seu ombro cada vez mais) para qualquer brecha que aparecer. Claro que você também pode deixar os mais finos na bolsa e um mais volumoso na cabeceira da cama. Daí tem o livro "de rua" e o livro que você deixa no carro ou na cabeceira da cama.
2) Você gosta de ler.
Já disse acima que todo mundo gosta de ler. O fato é que se você disse que não gostava é porque não escolheu o tema do seu interesse. Somente acho que o vestibular traumatizou alguns de nós ao ler Machado de Assis com toda sua pieguice. Escolha o tema de sua preferência. Ultimamente tive uma superoverdose de Chick Lit - Literatura dirigida ao público feminino que alterna drama e humor. Mas tive minha época de Sidney Sheldon, reviravoltas e suspense. E, ainda, tenho os meus momentos mais filosóficos. Ao vencer vários livros, você se descobrirá aberto a todos os gêneros futuramente.
3) Inscreva-se no Skoob.
O Skoob é uma Rede Social para Leitores. Lá fiz amizades com pessoas de gostos parecidos com o meu. Começamos trocas insanas, a tal ponto que eu pedia "Espera até eu ler pra fazermos a troca por livro tal" e assim comecei a me comprometer com várias trocas. Lia e logo depois postava à pessoa. A gulodice foi realmente transferida, de tal forma que tenho 20 livros comprometidos, ou seja, tenho de lê-los para enviar a outros leitores, que estão esperando!
O Skoob recebeu recentemente novas funções. Como a interessantíssima ferramenta que "esconde" a resenha quando ela tem spoiler. Fantástico, não? Eu achei. Foi lá que descobri livros que não conhecia e é lá que fico sabendo de lançamentos. Crie sua conta e comece a buscar opiniões por determinado livro que você viu em alguma vitrine por aí.
4) Troque livros. Renove sua estante.
Há alguns livros que não usará mais e não tem intenção de ler? Pois bem, coloque-os para troca no site: trocandolivros.com.br ou livralivro.com.br, são sites com processos de troca distintos, um gera crédito ao se enviar um livro, o outro conduz a negociação através de livros que você queira adquirir, respectivamente. Tive sucesso em ambos e me livrei daqueles livros que não pretendia ler (aquele livro chato que você ganhou de presente) ou que já havia realizado a leitura. Nada como encher sua estante de temas do seu interesse. Nesses sites já consegui livros fantásticos, semi-novos!
5) Vá à livraria.
Livrarias como a Cultura sempre estão fazendo eventos culturais gratuitos, o que é um bom passeio. Além dos cafés maravilhosos. Para mim é uma boa opção de lazer sempre, com meu filho ou amigos. É uma maneira de você se atualizar, ficar "por perto" - Como uma espécie de lembrete.
6) Fazendo amizade com leitores.
Falei da opção "Skoob", mas aquilo é uma convivência virtual. Também funciona ir a clubes de leitura na sua cidade. Quem é do Rio ou São Paulo encontra vários grupos que se reúnem para trocar ideias e livros, obviamente, com a perspectiva de fazer amizades. Onde encontrar esses grupos? Geralmente em Redes Sociais como Facebook, Orkut e, claro, no Skoob.
7) Implantando o "lance" dentro de casa.
Vou usar o meu exemplo. Meu filho não lia, como a grande maioria da sua geração. Por que? Há ocupações mais chamativas como videogames, internet etc. O lance é você tornar a coisa atrativa e funcional. Por exemplo, às 22h eu desligo todos os equipamentos de casa, em dia que tem aula. E anuncio que se quiser ficar acordado ainda é apenas para fazer uma leitura, do contrário durma. Aí, claro, meu filho começou com o hábito da leitura sem nem perceber. De forma que só viaja com um livro e quando tem de dormir fora leva sempre um livro com ele para ler antes de adormecer. Criou-se um hábito e é graças a isso que ele sempre se destaca nas aulas de texto.
8) Livro não é caro.
Fique de olho em ofertas de livrarias virtuais. Não tem roupa que a gente compra só porque o preço estava bom? Tá aí. O Submarino é uma das lojas que mais fazem ofertas de livros a R$ 9,90. Então se joga que não é por falta de dinheiro que você não vai ter bons livros para ler.
Espero realmente ter ajudado ou feito cócegas na vontade de ler de alguém. E se você estiver no Skoob, deixa um recado pra mim lá dizendo "Sou leitora do CF" e me adiciona!
Beijos e até a próxima!
sarita@corporativismofeminino.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário