quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Zipaquirá e a Catedral de Sal/Colômbia





Entrada da mina de sal.


Este relato foi uma visita que fizemos à Catedral de Sal, localizada na cidade colombiana de Zipaquirá, distante 48 km da capital, Bogotá. Saímos sozinhos, com mapa na mão e algumas informações superficiais sobre o local e como chegar até lá. O que sabíamos de verdade, é que a Catedral de Sal é considerada a Primeira Maravilha da Colômbia e muito linda por sua singularidade, e que por esse motivo, a visitação é quase obrigatória para todos os turistas que chegam a Bogotá.



A Catedral de Sal fica a 180 metros debaixo da terra.


Saímos do hostal às 8:00 em direção ao ponto do Transmilênio (sistema de ônibus sanfona que roda a cidade toda parando em terminais e que com apenas uma passagem dá para ir de um ponto a outro da cidade). Muito fácil se locomover por Bogotá. Pegamos o ônibus B74 na parada em frente ao Museu Del Oro em direção ao Portal Norte (terminal de onde saem os ônibus interestaduais), mas enquanto estávamos ainda no Transmilênio, houve uma manifestação na cidade que causou um engarrafamento descomunal!!!!Passamos muito tempo para cortar a cidade e chegar ao Portal Norte, onde pegaríamos outro ônibus para a cidade de Zipaquirá, distante 48 quilômetros de Bogotá, onde se localiza a famosa Catedral de Sal, considerada a primeira maravilha da Colômbia. Uma passagem da Via Crucis.Pegamos uma van, mas foi um pára pára danado!!! Mais parecia uma lotação!! Mas não tivemos problemas, chegamos em Zipaquirá antes do meio dia. Pegamos um taxi, que nos levou até a entrada do complexo da mina. Descobrimos que a Catedral fica a 180 metros debaixo da terra, dentro de uma mina de sal.


Nave central da Catedral.


Pegamos o boleto completo: Catedral de Sal + rota do mineiro + museu da salmoura + passeio de trem pela cidade, pois achamos que comprando o pacote, valia mais a pena o custo-benefício. Pagamos 32.000 pesos por pessoa para todas essas opções (o equivalente a 32 reais). Começamos pelo tour da Catedral. Um guia local muito engraçado nos conduziu mostrando cruzes feitas de sal que simbolizavam momentos da via crucis de Jesus Cristo com 15 passagens da Bíblia. Tudo muito bem explicado e organizado até chegar a catedral propriamente dita. Uma beleza!!!!! Nos perguntamos o tempo todo como os homens conseguiram construir uma catedral a 180 metros de profundidade e ainda por cima de sal. Muito lindo o local. O passeio durou aproximadamente uma hora e meia e foi muito legal.

Anjos feitos de sal e luz indireta deixam tudo ainda mais bonito.


Presépio de sal.


A exploração das minas de sal da região de Zipaquirá na Colômbia iniciou-se muito antes da conquista dos espanhóis e continuou por séculos. O trabalho dos mineiros era perigoso e era muito comum ver entre os operários uma grande devoção, o que motivou a construção da primeira Catedral subterrânea nas salinas de Zipaquirá, em homenagem à Nossa Senhora do Rosário, que é a padroeira dos mineradores. A Catedral de Sal de Zipaquirá foi inaugurada em 1954.


Pia Batismal. A água para realizar os batizados tem que ser salgada, porque se não for, pode derretê-la.


Cruz vazada de 16 metros.


A Catedral foi interditada em 1990 devido à problemas estruturais. Um concurso foi feito para escolher o melhor projeto para sua recuperação. Os mineiros se empenharam novamente e a reconstruíram com fé, afinco e dedicação. O resultado do trabalho foi mostrado ao público em 1995: a via crucis com 15 passagens bíblicas e a nave central da Catedral com uma imensa cruz vazada de 16 metros. Uma verdadeira maravilha!!!!!!!!! Até casamentos e batizados são realizados na Catedral. Durante o percurso, desde a entrada da mina até a nave central, sob iluminação indireta e colorida, fomos surpreendidos por várias esculturas, estátuas de anjos e até um presépio maravilhoso, todos feitos de sal. Há também uma réplica feita pelo artista Carlos Enrique Rodríguez Arango de "A Criação do Homem" de Michelângelo (afresco pintado no teto da Capela Sistina do Vaticano). Logo depois do tour pela Catedral, nos dirigimos à guia que faria a rota do mineiro e recebemos capacetes e lanternas. Pegamos a rota que os mineiros ainda utilizam para extrair sal. A guia nos pediu para apagar as luzes das lanternas e ficamos na escuridão total em um espaço de um metro de largura. Atenção: claustrofóbicos NÃO podem fazer esse passeio, pois é realmente difícil para quem tem esse problema.


Rota do mineiro. Fomos mineiros por uma hora.


Ela nos pediu para caminharmos naquela escuridão só tateando as paredes de sal para nos locomover. Eu fiquei numa agonia danada!!!! Suei frio e fiquei um pouco trêmula. Mas conseguimos sair e achar um local mais amplo, onde acendemos novamente as lanternas dos capacetes e recebemos picaretas para tentar extrair sal das paredes da mina. Me senti "a mineira" em pessoa!!!!!! Consegui uma pedra de sal bem grande de souvenir. Depois, houve a simulação de uma explosão que os mineiros ainda utilizam para abrir fendas nas rochas. Adoramos a experiência!!!!! Depois, tomamos um café colombiano (maravilhoso!!) em uma cafeteria localizada dentro da mina. Pense em na experiência de tomar uma café a 180 metros embaixo da terra.
Meu souvenir: uma pedral de sal extraída por mim!!!!! O fracote não tirou nenhuma pedrinha de sal!!! Só tem pose. kkkk Esculturas nas paredes de sal. Lindas!! Essa é de uma árvore. Luz no fim do túnel. Saída.Monumento aos mineradores.


Saímos da mina e de tão cansados, desistimos de conhecer o museu da salmoura, pois um casal de espanhóis nos disse que não era muito interessante, o que nos desestimulou ainda mais. Compramos umas lembrancinhas e pegamos o trenzinho para fazer um city tour pela cidade de Zipaquirá, que era muito bonitinha, limpa e organizada.
Vale bonito na cidade de Zipaquirá.Descemos na Praça da Independência para tirar fotos e passear. Como a cidade é bem pequena, não voltamos mais para o trem e decidimos conhecê-la a pé. Andamos pelas ruas estreitas, comemos empanadas de pollo (frango), tomamos sorvetes e tiramos várias fotos.
Passeio de trem pela cidade.


Zipaquirá é responsável pela produção de 40% do sal consumido na Colômbia, sua arquitetura é colonial e muito bem conservada. É uma cidade com aproximadamente 100 mil habitantes e está situada 2.652 metros acima do nível do mar. Depois de um passeio por suas ruas estreitas e pitorescas, resolvemos voltar para Bogotá. Ruas estreitas.





Plaza de La Independencia.


Fizemos o mesmo trajeto de volta até Bogotá, e no Portal Norte, pegamos o Transmilênio H74 lotado, mais parecido com uma lata de sardinha, pois era a hora do rush. Descemos na estação da Av. Jimenez, trocamos de lado e pegamos um dos vários autobuses que passam por lá e param na estação do Museu Del Oro. Fácil, não?


Estação do Transmilenio na volta.


Depois, paramos no supermercado para comprar lanches para o dia seguinte e jantamos na Crepes & Waffles. Seguimos para o hostal, conversamos um pouco com umas pessoas, banho e cama!!!! Dia nota 1000!!!!!!! Hora do rush, todo mundo querendo entrar no mesmo ônibus!!!!



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