quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Road Trip, babe!



As férias acabaram e me lembrei de uma das coisas que eu mais gosto, a famosa e deliciosa, Road Trip (pra quem não sabe, são viagens de carro e envolve toda a idéia da expressão “caindo na estrada”) Ok? Entendidos? Então vamos lá!




Preparação


A começar pela preparação, que é uma das partes mais gostosas. Todo mundo animado, entuchando o carro de salgadinhos e travesseiros. Cada um grava um mixed tape CD com músicas bregas e/ou animadas de viagem, do axé da época do colégio a Beyoncé esgoelando, vale tudo! Tirando quando a Road Trip é com seus pais, nesse caso eles escutam Caetano Veloso por quatro horas e você planeja a playlist John Mayer no seu mp3.
Pode ser também uma viagem romântica, praticamente os mesmos preparativos, só com um CD menos trash e mais envolvente. Faltou alguma coisa? Dramin, caso não funcione, saquinho pra vomitar. Acho que é isso. E claro, faz parte dessa coisa toda chegar no posto para encher o tanque cantando “Mexe a cadeira” no último volume.


A viagem




Tudo pronto, é hora de abrir os vidros e ser feliz em conjunto. Ah, detalhe, Road Trip sem música e sem falar mal dos amigos que não estão indo, não existe, que fique claro.
Continuando...
Abrir mesmo sem fome os salgadinhos e começar o processo de enjôo induzido, misturando Coca Cola quente, cheia de gás e alternando Cheetos com Passatempo recheada. Bochecha tudo e vomita.


- It"s fun to stay at the UAAAAAAAI-EMCIEI!


Tudo ótimo se você não é a pessoa sentada no meio do banco de trás, batendo a bunda no encaixe duro do cinto de segurança, sem posição pra dormir, sem ventinho, sem paisagem. O negócio é ser sagaz na hora de entrar no carro. Finja que esqueceu alguma coisa e espere todo mundo entrar, quando voltar, peça para o coleguinha desavisado escorregar para o lado e tcharán! A janela é sua.


A viagem é cheia de coisas boas, ainda mais quando reúne amigos íntimos de longa data, mas vamos combinar que nem sempre é assim. Tem gente que não gosta de facilitar a vida dos outros, os que veem emoção em torrar com a paciência “de geral”, os ilustres estraga-prazeres. Eles roncam, reclamam da música alta, reclamam do vento, reclamam que o tempo está fechando e a vontade de todos é de abrir a porta e chutar o sujeito pra fora do carro em movimento pra ver se ele para. Aquela sensação de arrependimento em ter convidado ou raiva de quem convidou não é suficiente para distrair do infortúnio que é ter um pé no saco com o pé na estrada.


Alguns outros “poréns” que podem acontecer na viagem são: Climão entre as pessoas, por alguém ter soltado um comentário infeliz. Chuva e neblina, que acabam deixando todo mundo tenso, com medo de cair do penhasco sem perceber ou entrar embaixo de um caminhão. Problemas no motor também cortam o clima bom da viagem, todo mundo se estressa, resolve dar pitaco, ninguém sabe direito o que fazer e a praia fica cada vez mais longe. Tem sempre o espertinho que resolve abrir o capô para dar uma olhada no motor fervendo e leva uma baforada de ar quente, não satisfeito abre o reservatório do radiador e leva uma esguichada de água fervendo no olho, OUSEJA.




Passado um tempo de viagem, todos dormem (e eu fico acordada com medo que o motorista durma e a gente morra). E enfim, chegamos!


A viagem de volta


Não tem nem comparação com a viagem de ida, a volta é sossegada, tá todo mundo cansado e já fazendo planos pra quando chegar em casa. Atualizar o Facebook, descarregar as fotos, abraçar o cachorro. Mesmo ainda com algumas expectativas a volta normalmente é mais reconhecida pela “ressaca moral – bebi demais”.






Mesmo com alguns poréns eu continuo adorando todo o processo que envolve roadtrip, até aquela com os pais, que é uma boa hora pra você colocar a cabeça no lugar. A com os amigos de verdade é a melhor sempre, não tem jeito, com som, sem som, com carro quebrado ou não, a companhia faz toda a diferença!  


E vocês?! Alguma experiência legal? 




(Post também publicado no blog SextaBásica)








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Postado por
Thaís Prado


às
15:42












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