quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O dia em que cagaram minha franja




Entro no salão de costume e digo: “o mesmo de sempre, moças, mas com um acréscimo: vou dar uma aparada na juba!” Lá vamos nós... unhas, depilação, hidratação no cabelo e, claro, o corte.

Para mim, cortar o cabelo sempre foi uma coisa normal. Não morro de medo, não me desespero, não choro e muito menos me tremo. Meu cabelo é imenso, na altura da cintura. Então não tem erro, é só dar uma aparada básica de uns 4 ou 5 dedos e deixar meu franjão na altura do queixo que está tudo ok.

Começa o ritual

Enquanto uma das moças lava meu cabelo, ficamos conversando e, de repente, ela solta: “A D. Beltrana ta tão molinha, coitada! Acho que ela ta gripada...” Alerta laranja na minha cabeça: “Será que essa mulher pode mesmo cortar o meu cabelo?” mas resolvo esperar a manda-chuva - vocês sabem, salão pequeno é assim: quem geralmente corta o cabelo é a dona do salão, as outras moças apenas lavam, depilam e fazem as unhas - aparecer para eu avaliar o quão mal ela está.

15 minutos depois ela aparece e eu simplesmente penso: “Hum, a D.Beltrana parece normal, ela nunca fez cagada com meu cabelo, não é hoje que isso vai acontecer, afinal”.

Passo para a outra parte do salão, me acomodo na cadeira e, enquanto outra moça faz as minhas unhas, a D. Beltranida – creio que agora somos íntimas, não se sai cagando assim o cabelo de alguém que você não tem intimidade – começa a me preparar para a tortura – sim, eu não sabia ainda que ia ser uma tortura, mas agora eu sei.

D. Bel começa a cortar o meu cabelo. Tirou os 4 dedos que pedi e, no fim, foi acertar a franja. Chegamos ao momento da cagada: ela cortou a minha franja na altura do queixo, até aí tudo bem, só que ela cortou a porra da franja mais torta que bêbado tentando andar em linha reta! Eu intervenho sem graça: “Tem umas pontas tortas e maiores que as outras, a senhora poderia consertar?” Ela pega a tesoura normalmente e corta tudo, deixando minha franja quase abaixo do nariz.

Eu sei, vai ter muita gente aqui me chamando de fresca e dizendo que uma franja na altura do nariz não caracteriza um crime grave. Para mim, Anália, o crime se configura sim, ok? Eu não tenho saco para acordar cedo e escovar minha franja todo santo dia. Meu cabelo é totalmente funcional, vocês acham que eu não gosto de cabelos repicados? Eu adoro, mas não corto assim porque dá um trabalho do cão manter um cabelo desses.

Hoje, sexta-feira, me sinto com 20 anos novamente, quando em um momento triste da minha vida, resolvi mudar o visual e cortei minha franja no meio da testa. A diferença é básica, uma cagada feita por mim dói bem menos que uma cagada feita por outra pessoa. Pelo menos eu não precisei me pagar para me sabotar.

E, como Murphy me odeia, hoje é a colação de grau do meu namorado. O dia que eu deveria estar linda, impecável e maravilhosamente deslumbrante, eu vou estar com a bosta de uma franja cagada! Cá estou com um bob gigante na cabeça tentando consertar a merda feita.

Amanhã quando vocês estiverem lendo isto, torçam para que eu tenha conseguido dar um jeito nisto, sim?

Já cagaram seu cabelo? Clique aqui e conte pra gente!



Para ser solidária e me acalmar dizendo que também já fizeram merda com você, oferecer produtos que agilizem o crescimento do meu cabelo ou qualquer lançamento capilar no mercado: analia@corporativismofeminino.com

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Postado por
Anália


às
00:01












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