quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Alguém me diz onde está o glamour?!





Eu tinha cerca de 11 anos quando assistia encantada minha irmã 8 anos mais velha se arrumar. Não que fosse algo de outro mundo, mas a simplicidade com que ela fazia tudo me deixava com olhos brilhando.



Era comum para ela acordar cedo todos os dias para trabalhar, demorar horrores passando maquiagem, marcar horário no salão, pegar ônibus e ir para a casa do namorado, ir para festas que duravam a noite inteira sem precisar pedir autorização, beber (!), comprar as próprias roupas, e mais uma infinidade de coisas que deixariam qualquer pré-adolescente morrendo de inveja.



Eu era coadjuvante, ali quase roubando o papel principal, da vida DELA, adorava cada detalhe do que ela fazia: o jeito com que recusava os pretendentes, a paixão incondicional por Bon Jovi, o momento “só dela” antes de dormir onde se dedicava totalmente à beleza, e até mesmo a mania de me expulsar do quarto quando estava ao telefone (hihi).



Os anos passaram, rápido demais por sinal, eu cheguei – ou melhor, passei – da idade que ela tinha quando eu a admirava mais do qualquer outro ser humano e... ALGUÉM ME DIZ ONDE ESTÁ O GLAMOUR?!



Na verdade é um saco TER que usar maquiagem para esconder olheiras; TER que acordar cedo porque responsabilidades fazem parte da vida adulta; se preocupar tanto com a beleza a ponto de freqüentar salão freneticamente; namorar – aff, era bem melhor quando eu simplesmente achava garotos um saco!; ok, comprar roupas é legal, mas eu trocaria facim facim só para não ter responsabilidade alguma, ter meus pais fazendo tudo por mim e voltar à época em que minha principal preocupação era não me atrasar para o colégio.



Não que eu nunca tivesse experimentado essas coisas antes, como já contei em outros posts, tive responsabilidades cedo demais, e com elas, liberdade demais; mas agora é diferente, agora não faço mais nada brincando de ser dona do meu nariz, pelo contrário, eu tenho a obrigação de fazer justamente porque sou dona do meu nariz... e eu nem sei quando essa mudança ocorreu.



Se eu pudesse voltar no tempo, avisaria para a pequena Drama Queen que ela está perdendo os melhores anos de sua vida desejando crescer, e que quando a gente cresce, nada é tão interessante como parece, pra ser sincera, é um tanto decepcionante.



Inventem uma máquina do tempo aí, galere! Cansei de ser gente grande.





***



Quer me dizer que no final do arco-íris há um pote de ouro?

dramaqueen@corporativismofeminino.com



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Postado por
Yasmin


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00:01












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